Iniciou nesta terça-feira, 31, em Rio Branco, a 5ª conferência de Saúde Indígena sob o tema: Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e SUS: Direito, Acesso, Diversidade e Atenção diferenciada, do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Purus. Serão três dias de evento, 30 e 31 de julho e 01 de agosto, na Chácara Aliança, Bairro Tancredo Neves
A conferência tem como objetivo realizar a discussão das propostas para a saúde indígena a serem consideradas na 5ª Conferência Nacional que ocorrerá este ano em Brasília, com a presença de representantes dos Distritos Indígenas de Saúde do Alto Rio Purus.
Antes da conferência, houve etapas locais, com propostas das bases dos polos indígenas, que serão analisadas nos três dias do encontro.
Dentre os povos indígenas presentes, podemos destacar os Kaxari de Rondônia, Apurinã do Amazonas, e Kaxinauwás predominantemente do Alto Purus, no Acre.
O Instituto Dom Moacyr (IDM) atua como parceiro, por meio da formação de Agentes Indígenas de Saúde, que se encontra em execução. Anna Abreu, coordenadora da Escola de saúde, Unidade do IDM, participa como secretária geral da Conferência.
“O IDM faz uma interface entre educação e saúde, nos últimos 12 anos muito se tem feito pela educação e saúde indígena, onde o Acre é referência como um dos três Estados ofertantes de formação profissional indígena de saúde”, destacou o diretor-presidente do IDM, Marco Brandão.
O evento contou com a presença de representantes do Exército Brasileiro, Conselho Nacional de Saúde, Sesai, Sesacre, Ministério Público Federal (MPF). “O MPF é responsável pela fiscalização e promoção de políticas públicas aos indígenas, e o cuidado com a questão sanitária é uma de nossas preocupações”, disse o procurador do MPF, Dr. Pedro Henrique Kenne.
Willian Apurinã morador de Pauini no Amazonas, que faz parte da gestão de trabalhadores que atuam nas comunidades indígenas disse: “o que eu espero como indígena é que haja uma mudança no sistema de atendimento à saúde, que não seja só prevenção e preenchimento de relatório, mas que tenha resultados imediatos para solucionar os problemas dos pacientes indígenas”.
Saba Machineri, Presidente do Conselho Distrital do Alto Rio Purus, relata: “A gente tem que priorizar as demandas dos povos indígenas, e para isso há os conselhos locais e distritais. O conselho é o porta-voz que faz com que as propostas sejam conhecidas”.