A assistência técnica e a extensão rural (Ater) unidos à tecnologia são temas da ação que vem sendo desenvolvida pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) com os extensionistas. O objetivo é que a assistência técnica aos produtores seja realizada em todas as etapas de produção, bem como fazer com que a pesquisa agropecuária chegue mais facilmente ao agricultor. O resultado é o incremento de atividades produtivas com bases agroecológicas.
![A qualificação dos extensionistas, a troca de experiências, a transferência de tecnologia sustentável para ser empregada à produção agrícola tem como resposta o aumento da produtividade (Foto: Assessoria Seaprof)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/2013_Junho2_thumbnails_thumbnails_thumb_qualificao_extensionistas.jpg)
A qualificação dos extensionistas, a troca de experiências e a transferência de tecnologia sustentável para ser empregada à produção agrícola têm como resposta o aumento da produtividade nas propriedades rurais, como é o caso do produtor Pedro Nascimento, proprietário do Sítio Holanda, localizado na BR-364, quilômetro 16, em Cruzeiro do Sul. Com a assistência técnica e extensão rural recebidos do escritório da Seaprof o produtor já alcançou uma produção de 300 mil pés de abacaxi e agora acessou crédito para adquirir um caminhão para o transporte da produção.
“Eu mesmo produzo as mudas. Tenho mudas até para vender”, afirma Nascimento, que para iniciar o plantio de abacaxi teve que comprar as primeiras mudas. O projeto de crédito do Pronaf (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Mais Alimentos já foi elaborado pelo extensionista e aprovado pela instituição financeira. “Toda semana levo dois mil abacaxis para a cidade e, além do gasto com transporte, às vezes vendo barato porque não posso voltar com nenhum fruto.”
![Pedro Nascimento, proprietário do Sítio Holanda, localizado na BR 364, quilômetro 16, de Cruzeiro do Sul (Foto: Assessoria Seaprof)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/2013_Junho2_thumbnails_thumbnails_thumb_Pedro_Nascimento.jpg)
“A orientação técnica aos produtores, além de permitir acesso ao crédito, também garante a boa aplicação”, explica o secretário de Produção, Lourival Marques Filho, acrescentando que, através de parcerias como a existente com a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem sido possível a qualificação dos técnicos. Segundo Marques, além de encontros de qualificação também já foi realizado curso para a transferência de tecnologias a ser empregada à produção agrícola.
A sustentabilidade dos sistemas de produção consorciados
![Produtor Manoel Gomes de França, do Sítio Boa Vista, BR 364, quilômetro 26, de Cruzeiro do Sul (Foto: Assessoria Seaprof)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/2013_Junho2_thumbnails_thumbnails_thumb_produtor_Manoel_Gomes.jpg)
A adoção de práticas que visam à conservação dos recursos naturais e o aumento da produção e da produtividade tem como exemplo a propriedade do produtor Manoel Gomes de França, do Sítio Boa Vista, BR-364, quilômetro 26, em Cruzeiro do Sul. Inserido no programa do governo do Estado, ele recebeu 400 mudas de coco e a mecanização de um hectare para o plantio. Pouco mais de um ano e o produtor decidiu consorciar com melancia e mandioca.
Aliando o saber tradicional do produtor ao saber científico do extensionista, está sendo criada uma nova agricultura que permite que seja feito bom uso da terra. “Esse sistemas têm como vantagens o de promover maior estabilidade da produção, melhorar a utilização da força de trabalho, aumentar a proteção do solo contra erosão e disponibilizar mais de uma fonte alimentar e de renda”, explica Lourival Marques. Segundo o produtor Manoel Gomes de França, com a mandioca e a melancia são mais uma fonte de renda.
Cultivo de mandioca e produção de farinha movimentam economia
![A produtora Graciete de Souza Oliveira garante que é com o cultivo da mandioca e da produção de farinha que sustenta a família (Foto: Assessoria Seaprof)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/2013_Junho2_thumbnails_thumbnails_thumb_A_produtora_Graciete.jpg)
Cruzeiro do Sul tem na agricultura uma das atividades mais importantes, com destaque para a produção de mandioca. Na zona rural, na Vila Assis Brasil, Ramal do Macaxeiral, Colônia São Pedro, a produtora Graciete de Souza Oliveira garante que é com o cultivo da mandioca e da produção de farinha que ela sustenta a família.
Mas o trabalho pesado fica na casa de farinha. Graciete, com a ajuda de um diarista, lidera todo o processo que começa com descascar a mandioca, passar pelo ralador, pelo espremedor e novamente pelo ralador. No forno, tudo tem que ser feito com muito cuidado, para não deixar a farinha queimar. E todo o processo é feito numa casa de farinha moderna.
O governo do Estado é o responsável pela execução do projeto, por meio da Seaprof. A iniciativa consiste em ações de substituição de casas de farinha tradicionais por outras modernas e mais confortáveis para o trabalhador e com mais condições de higiene, além de fornecer aos produtores uma visão de comércio mais organizada e capaz de atender às exigências de mercado.
“Minha renda vem da mandioca que transformo em farinha de excelente qualidade. Foi assim que criei meus filhos e ainda hoje é de onde tiro toda minha renda”, garante a produtora, que também já foi beneficiada com o programa de mecanização com dois hectares para plantio da mandioca.