As empresas Frios Vilhena e Acre Parafusos foram as primeiras a apresentar planos de negócios à Comissão da Política de Incentivo as Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição do Estado do Acre (Copal), requerendo terrenos dentro do Polo Logístico.
As documentações das empresas estão sendo analisadas pelos técnicos da Copal, e dentro dos próximos dias a Comissão se reunirá para analisar os processos.
Ansioso, o empresário José Carlos, da empresa de distribuição Frios Vilhena, aguarda o resultado da avaliação para iniciar as obras do seu galpão. “Assim que meu plano de negócio for aprovado e as obras de infraestrutura do Polo forem concluídas, inicio imediatamente as obras no meu terreno”, afirmou.
Para o empresário, todo o setor de distribuição e atacado aguarda ansiosamente pelo Polo Logístico. “Nossa situação vai melhorar muito. Vamos poder ampliar as atividades comerciais, a quantidade de emprego, expandir nosso negócio”, declarou.
A estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), é de que o Polo Logístico atraia um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões do setor privado, com a construção dos galpões, além de gerar em média três mil empregos diretos.
Atualmente mais de 50 empresas demonstraram interesses em se instalar no local, no momento elas trabalham na preparação dos planos de negócios para apresentar a Copal, comissão que vai analisar se determinado empreendimento possui documentação necessária, e se preenche os quesitos para ser beneficiado com a concessão de um terreno dentro da área.
Uma novidade que anima os empresários é a respeito da lei 2.577/2012, que, de acordo com seu artigo 5º, “autoriza a constituição de hipoteca sobre o imóvel doado e a concessão de direito real de uso, com finalidade de financiamento bancário para implantação e execução de empreendimento comercial e de logística e distribuição”.
Dessa forma, os empresários que adquirirem concessões de terrenos dentro do Polo Logístico, podem utilizá-los como garantia junto aos bancos. “Esse foi um verdadeiro ‘gol de placa’ do governador Tião Viana. Nós não vamos precisar dispor do nosso capital de giro para construir os galpões”, disse José Carlos.
Para o secretário Edvaldo Magalhães, o Polo Logístico será o grande e perene endereço dos atacadistas, distribuidores e transportadores do Acre. “O Polo é uma modernidade do ponto de vista da organização, do abastecimento de nossas cidades. Um passo para desafogar o trânsito da capital. Mas, principalmente, um polo gerador de emprego no Acre. Aprovaremos as primeiras concessões que serão seguidas de tantas outra. Faremos justiça com os empreendedores: quem chega primeiro, bebe água limpa”, destaca.
Polo Logístico
O Polo Logístico de Rio Branco está sendo construído no km 5, da BR-364, ao lado da Cidade do Povo, em uma área de 133 hectares. O local abrigará empresas do ramo de distribuição, atacado, varejo e transportes.
A parceria público-privada entre governo do Acre e empresários permitirá reunir em único local todas essas empresas, evitando que caminhões de grande porte trafeguem nas vias da cidade.
A obra custará para o governo do Estado R$ 22,5 milhões, valor usado na compra do terreno e em toda infraestrutura da área, que incluirá arruamento e urbanização.