Instituto Dom Moacyr executa o curso técnico em Agroecologia por meio da Escola da Floresta Roberval Cardoso. Nesta semana as turmas estão realizando práticas na área de avicultura com ênfase nos sistemas caipira de criação, desenvolvendo as etapas de manejos e abate de aves, com corte comercial, sob a mediação das Engenheiras Agrônomas Janda Araújo e Amanda Cristina.
A Escola da Floresta oferta cursos técnicos e profissionalizantes em sistema de residência aos filhos de pequenos produtores rurais do Estado. Os educandos estudam em tempo integral e têm atividades teóricas e práticas.
O foco de estudo da escola é possibilitar o aprimoramento dos conhecimentos que os educandos trazem de sua vivência nas localidades rurais com técnicas de sustentabilidade, incentivando, por exemplo, a otimização do cultivo por meio de recuperação de áreas degradadas, como o consórcio de espécies madeireiras e frutíferas, que recupera e enriquece o solo ampliando a diversidade de produtos que serão comercializados.
A escola possui várias áreas de estudo, e o que é produzido é utilizado para pesquisa e consumo próprio, como a bovinocultura, avicultura, horticultura, apicultura e frutíferas, além das atividades de piscicultura que irão iniciar na próxima semana.
O curso técnico em Agroecologia é uma ação do governo federal e do Acre por meio do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (ProAcre), em parceria com a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), e grupo de Pesquisa de Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre (Pesacre).
A escola da Floresta está localizada na Rodovia AC-90, Transacreana – Km 20, em Rio Branco, e possui hoje em sistema de residência 108 educandos, que são selecionados pelas associações das comunidades rurais de todo o Estado. Os cursos técnicos tem a duração média de um ano e meio.
Márcia Paiva, 19 anos, filha de produtores rurais em Sena Madureira, disse que o curso é fundamental para quem quer aprender a trabalhar com a terra e viver melhor nas comunidades rurais. “Após a formação poderei ajudar outras famílias, conscientizando-as sobre o uso correto das técnicas de plantio, beneficiamento e criação de animais, sem degradar o meio ambiente”.
Marcionize Silva, 21 anos, filha de produtores rurais de Cruzeiro do Sul, disse que o curso é muito bom. “Aqui a gente busca um aprendizado para aproveitar melhor os recursos da terra para produzir mais e não precisar abandonar o nosso lugar para ir para a cidade. O governo do Acre qualifica a gente para aprender a trabalhar melhorando a vida de quem vive no campo”.
O diretor-presidente do IDM, Marco Brandão destaca a relevância dos cursos executados pela Escola. “Com essa formação o governo do Estado capacita os filhos de produtores rurais para fortalecer as comunidades produtivas, proporcionando qualidade de vida para inibir sua migração para as cidades, desenvolvendo de forma sustentável a produção e o manejo, com a preservação do meio ambiente”.
