Filha de professora, comecei a ler as primeiras palavras aos cinco anos de idade. Minha mãe me contou que aquela foi uma das primeiras e talvez a mais significativa conquista tanto para ela quanto para mim.
Hoje o hábito da leitura não é tão grande, mas o reconhecimento da importância desse instrumento que possibilita o acesso à informação e à cultura, que alimenta sonhos e conhecimentos, além de desenvolver uma capacidade crítica, é enorme.
O Dia Nacional da leitura, 12 de outubro, foi instituído por meio da lei nº 11.899, de janeiro de 2009. A data visa ressaltar a relevância da leitura e da criação literária como processo de formação e inclusão sociocultural.
Mas para quem vive a leitura no dia a dia, a lei representa um símbolo de resistência. “Não é fácil aproximar as pessoas da leitura. A lei é uma forma de mostrar o poder transformador de uma sociedade que lê, que se informa e que realiza sonhos por meio do conhecimento”, disse o assessor técnico da Biblioteca Pública do Estado do Acre (BPE), Antônio Carlos Ballalai.
Por falar na BPE, que lugar lindo. Reformada em 2006 e entregue à comunidade em 2008 reúne modernidade, conforto e tecnologia e agrega diversas linguagens de aprendizado que vai desde o tradicional espaço de estudo e pesquisa, ao cinema, contação de história entre outras práticas leitoras. É uma biblioteca pulsante!
No acervo, mais de 60 mil exemplares, entre livros acreanos, amazônicos e literários de autores nacionais e internacionais. Essa última coleção pode sair para empréstimo por sete dias, podendo ser renovado.
São 59 mil pessoas cadastradas no sistema da biblioteca da capital acreana que podem usar o espaço de segunda a sábado, das 7h30 às 21h30, sem intervalo.
O incentivo à pratica da leitura se estende aos bairros Chico Mendes, João Eduardo e Tucumã, por meio das casas de leituras dessas comunidades.
O amor aos livros deve ser provocado em uma criança por cada um de nós com a emoção de ler o primeiro livro. Não é à toa que o Dia das Crianças é comemorado no Dia Nacional da Leitura. Pode ser esse o momento de incentivarmos essa conquista e garantir esse direito aos futuros formadores de opinião da nossa cidade, do país, do nosso lar.
*Ludmilla Santos é jornalista