Compromisso, disciplina e responsabilidade social. Estas são as medidas que definem o controle da dengue no estado do Acre. Ações para combater o mosquito transmissor da dengue vêm sendo desenvolvidas pelo governo do estado, em parceria com a prefeitura de Rio Branco.
A população conhece bem onde circula o Aedes aegypti, e onde as larvas podem se esconder. A difusão da informação diminui os índices da doença no estado, e afasta a possibilidade de epidemia, garantindo o controle efetivo da doença na capital.
Em 2011, quando iniciou a campanha da Guerra Contra a Dengue na 12ª semana epidemiológica, os números foram de 1.125 casos. Com as ações da campanha, nesse mesmo período em 2013, as notificações foram de 216 casos suspeito de dengue. Os exames de sorologia estão sendo realizados para mensurar quantos casos de dengue serão confirmados. Quando comparados com o mesmo período de 2012, os registros exibiram 172 casos, indicando aumento de 20,37%.
Mas apesar deste aumento dos casos suspeitos, a positividade das amostras foi de 32,09%, ou seja, das 243 pessoas que deram entrada nas unidades de saúde com sintomas da dengue e diagnosticadas com doença, somente 78 casos foram confirmados – por meio de exames de sorologia; 157 foram descartados e apenas 8 tiveram o resultado inconclusivo. As informações são baseadas na semana epidemiológica anterior, nesse caso, a décima primeira.
Para a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, apesar do acréscimo, o Acre está com a situação controlada, tendo em vista que as ações de combate ao mosquito continuam. Ela lembra que em 2011, os números da primeira semana até a décima segunda, chegaram a 20.374, sendo que o mesmo período em 2013 apresenta 3.378.
“A população já entendeu o recado e tomou para si a responsabilidade. Isso é importante para continuarmos a luta contra o mosquito. Reconhecemos o aumento e pedimos à população que continue vigilante para que na próxima semana tenhamos resultados mais positivos”, salienta a secretária.
Segundo a gerente da Divisão de Endemias e Vigilância em Saúde Ambiental, Thayna Holanda, a evolução da incidência da doença coincide com o verão amazônico, devido a maior ocorrência de chuvas e ao aumento da temperatura nessa época do ano, principalmente na zona urbana onde há maior quantidade de criadouros.
“Na 8ª semana epidemiológica de 2013, em relação à mesma semana de 2012, houve uma redução. Ressaltando que 2012 foi um ano excepcional no combate à dengue no Acre, em 2013, mesmo com o início das chuvas mais cedo que aumentou a população do mosquito e a introdução do vírus IV, que deixou a população 100% suscetível, os resultados do controle epidemiológicos, foram excelentes porque as ações de governo evitaram uma epidemia”, garante Holanda.
A gerente diz também que as medidas de combate e prevenção da doença não param. No início de fevereiro, o governo do Acre realizou a aquisição de 30.000 mil tampas para caixas d’água – de 500 e de 1.000 litros – para serem distribuídas nos bairros considerados prioritários. Mais de mil unidades já foram distribuídas.
A ação de inverno lançada pelo governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre em janeiro de 2013, com o objetivo de manter a cidade limpa e reduzir o número de criadouros do mosquito da dengue, já recolheu mais de 18 mil toneladas de lixo e entulhos na capital. Além disso, houve a contratação dos agentes da comunidade pelo governo do Estado, que todos os dias estão nos bairros sensibilizando a população e fazendo ações de educação em saúde.
