A consulta pública realizada pelo governo do Estado através da Secretaria de Planejamento (Seplan), em Cruzeiro do Sul, para tratar das ações do programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (PROSER), teve uma boa participação popular. Vereadores, representantes de associações de moradores, indígenas, agricultores, integrantes da Ufac e ainda servidores de secretarias compareceram para discutir sugestões para o programa.
O PROSER, como explicou seu coordenador, Roney Caldera, é uma continuidade e um aperfeiçoamento do Proacre. O programa é financiado pelo Banco Mundial (BIRD) e recursos próprios do governo do Estado, alcançando o montante de R$ 187,5 milhões. Os investimentos serão feitos em quatro municípios com menores índices de IDH e também considerados os de mais difícil acesso: Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Nesses municípios os investimentos serão em ações de saneamento integrado e atividades de geração de renda, beneficiando 34,7 mil pessoas.
Cruzeiro do Sul, embora não esteja incluído entre municípios de menor índice de IDH, também será beneficiado com investimentos de R$ 61,2 milhões em esgotamento sanitário. Segundo Caldera, o governador Tião Viana, como médico que é, decidiu investir na cidade, por entender que o saneamento garante melhores condições de se viver uma vida saudável.
Serão 77 km de redes de esgoto na cidade, atingindo nove mil ligações, o que exigirá a construção de 14 elevatórias (com bombas de pressão) para levar os dejetos até a estação de tratamento. Segundo o gerente do Depasa em Cruzeiro do Sul, Gelmires Lima, a rede de esgoto deverá alcançar 80% da cidade. Hoje, a cidade não possui um quilômetro sequer de esgotamento sanitário. As redes a serem construídas deixarão em cada casa uma estrutura pronta para que o morador possa se conectar a elas.
Mais investimentos
O PROSER ainda vai investir nas seguintes áreas: Sistemas produtivos – R$ 43,7 milhões; Pequenos Negócios – R$ 8,8 milhões; Saúde Itinerante e materno neonatal (pediatria, geriatria e saúde bucal) – R$ 30,3 milhões; Asas da Florestania e Desenvolvimento Escolar – R$ 35,1 milhões.
