Ter uma casa própria é o sonho de todo brasileiro. No Acre, em cinco anos, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab), já ajudou a realizar o desejo de 12.172 famílias com a entrega de unidades habitacionais de programas sociais.
Para participar do programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), as famílias precisam atender aos critérios estabelecidos pelo governo federal: não terem ocupado irregularmente áreas no município a partir de janeiro de 1997, não possuírem outro imóvel em seu nome e/ou do companheiro, não terem sido beneficiadas, anteriormente, em programas habitacionais do município, estado ou União, comprovar oficialmente que reside no mínimo há dois anos na cidade que pleiteia a casa e ter registro no Cadastro Único dos Programas Sociais (Número de Identificação Social/NIS).
Após atender aos critérios de seleção, o programa prioriza famílias residentes ou que tenham sido desabrigadas de áreas de risco ou insalubres, famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar e famílias que façam parte Pessoa com Deficiência (PcD).
Maior empreendimento habitacional do Estado
Desde o início da Cidade do Povo, 3.003 casas já foram entregues para a população de baixa renda que morava em áreas de risco ou alagadiças. Quando estiver com todas as unidades habitacionais prontas, a Cidade do Povo deverá abrigar mais de 60 mil pessoas.
Até agora, todos os beneficiados pelo empreendimento do Minha Casa, Minha Vida na Cidade do Povo fazem parte da faixa I, com renda de até R$ 1,6 mil.
As casas entregues possuem área de 38,96 metros quadrados, e todas elas são compostas por dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes.
A habitação no Acre é referência e muda vidas a cada entrega. A maioria dos beneficiados pelos programas de habitação sofria com a enchente do Rio Acre e hoje desfruta uma moradia digna em um local com toda a infraestrutura necessária.
Como é o caso de Ivanilde de Oliveira, que morou por cinco anos às margens do Igarapé São Francisco, em Rio Branco. Durante as enchentes, por algumas vezes optou por ficar em casa, até as águas baixarem. As dificuldades foram muitas, como as doenças transmitidas por animais peçonhentos. Por duas vezes ela contraiu leptospirose e precisou ser hospitalizada.
Outras vezes, Ivanilde ficou abrigada no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, local onde é montado um abrigo provisório.
Ela relata que os momentos que passou no abrigo também eram de angústia, por estar longe dos seus bens materiais e sem privacidade. Muitas são as histórias tristes que agora dão lugar à realização de um sonho: a casa própria, em um lugar seguro e digno, longe das áreas de risco.
“Desde o dia que soube que ganharia minha casa, meu coração disparou. Até passei mal de tanta emoção. Só sei agradecer, todo dia, a Deus, ao governador e à presidente Dilma. Daqui para frente, é vida nova e sem tribulação”, comemora Ivanilde.
