Instituto da Amazônia reconhece Redd do Acre como referência no país

“O Acre é uma enorme referência em implementação de Redd”, diz pesquisador sênior (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
“O Acre é uma enorme referência em implementação de Redd”, diz pesquisador sênior (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Pioneiro na conservação de floresta. Foi na Conferência das Partes (COP) 21, em Paris, ainda em 2015, que o Acre recebeu um certificado de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação com Benefícios Socioambientais (Redd+SES).

Esse documento garantiu ao estado o reconhecimento internacional por respeitar as salvaguardas ambientais na execução do seu programa de Redd. A premiação fez do Acre o primeiro estado do mundo a receber o título.

O programa de Redd é executado no Acre como parte do Redd for Early Movers (REM), desenvolvido no estado em parceria com o governo alemão, por meio do banco KfW. O REM tem garantido importantes resultados, em especial às comunidades que são diretamente beneficiadas com redução de desmatamento e conservação da floresta.

Na última semana, o governo recebeu a visita de uma equipe do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam). Durante a visita, o pesquisador sênior Mariano Collin declarou que o Acre é uma referência na execução do programa de Redd.

“O Acre é uma enorme referência em implementar Redd, não só na capitação de recursos, como também na execução dos recursos que estão chegando. Hoje, cada vez mais se questiona, nos programas de Redd, a capacidade de conectar recursos, investimentos financeiros com resultados de redução de emissões”, disse Collin.

Ele ressaltou, ainda, que o estado tem uma estratégia de investimento bem feita. “O Acre é o que representa a melhor construção ou conjuntura institucional para implementar e gerar resultados para redução de emissões”, declarou.

Collin revelou que o maior mérito do Acre foi aplicar na íntegra a política do Redd. “O grande mérito do Acre, em uma forma bem simples, é conseguir traduzir resultados em termos de conservação de floresta e redução do desmatamento em investimentos, mas, em escala, é um projeto com amarras burocráticas de difícil execução”, frisou.

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