Defesa Agropecuária informa produtores sobre combate ao mandarová

Produtora rural de 67 anos nunca havia ouvido falar no mandarová, mas reconheceu a lagarta quando viu a foto no material informativo (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Nilda Gomes nunca havia ouvido falar no mandarová, mas reconheceu a lagarta quando viu a foto no folheto (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

Em Tarauacá, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) tem usado a informação como estratégia para o combate ao mandarová, lagarta que tem o poder de destruir um plantio de mandioca em poucos dias e se tornou o principal inimigo dos produtores rurais que têm naquela cultura sua principal fonte de renda.

A praga já apareceu na região do Juruá e também em Rio Branco e municípios próximos. Uma das principais ações de combate é identificar a presença dela nas plantações o mais cedo possível. Por isso, técnicos do Idaf estão em Tarauacá realizando um trabalho de conscientização, principalmente entre os produtores que moram mais distante da cidade e têm menos acesso à informação.

Na manhã desta terça-feira, 15, a ação ocorreu no porto da cidade, local de embarque e desembarque dos produtores ribeirinhos.

É o caso de Nilda Gomes, de 67 anos, moradora de uma área rural às margens do Rio Muru. Para chegar à sua casa, ela gasta pelo menos três dias de viagem. Ao ser abordada pela equipe, alegou que nunca havia ouvido falar em mandarová. No entanto, quando viu as fotos do material informativo, lembrou que a praga já apareceu na sua propriedade e destruiu boa parte da plantação de mandioca.

“Faz um três ou quatro anos. A gente não sabia o que era nem como combater. O que fizemos foi rezar pedindo proteção para nossa lavoura. Eu agradeço essas orientações, porque ensinam o que fazer se elas aparecerem de novo na plantação”, afirma a produtora rural.

 Material ensina preparo de inseticida natural

Material informativo (Foto: Leônidas Badaró/Secom)
Material informativo (Foto: Leônidas Badaró/Secom)

O material informativo distribuído aos produtores ribeirinhos leva as informações necessárias para a identificação do mandarová e como combatê-lo.

A principal é o uso do baculovírus, inseticida natural feito da própria lagarta macerada. “Com esse material, quando aparecer um surto de mandarová eles podem identificar e nos avisar, para que juntos possamos agir o mais rápido possível”, destaca Pedro Arruda, agrônomo do Idaf.

O diretor-presidente do instituto, Mamed Dankar, acompanhou a distribuição das cartilhas e lembrou quão importante é a comunicação como arma para o combate ao mandarová. “A iformação é a nossa maior aliada neste momento. Como a gente viu aqui, muitos produtores não sabem nem do que se trata. Com esse trabalho conseguimos evitar que eles percam toda a produção.”

Além do mandarová, os técnicos do Idaf também distribuem material informativo sobre pragas da banana, já que é grande a produção dessa fruta na região de Tarauacá.

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