De 21 a 23 de agosto a gerência Estadual de Imunização e Rede de Frio realiza a capacitação em Eventos Adversos Pós-Vacinal (EAPV). O curso ocorre no auditório da Assembléia Legislativa do Estado do Acre, em horário integral, com intervalo para o almoço.
Segundo o gerente da Divisão Estadual de Imunização e Rede de Frio, Ivan Nascimento, a capacitação tem como objetivo conhecer os fundamentos da vigilância em EAPV e fármaco-vigilância de vacinas; capacitar os participantes para detectar, acompanhar e investigar os EAPV e reforçar o Sistema Nacional de Notificação/Investigação de Eventos Adversos Pós-Vacinação do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização – SI-PNI.
O curso está sendo ministrado pela médica Sandra Maria Deotti – pediatra da gerência de EAPV do Ministério da Saúde – e vai habilitar 25 profissionais de saúde do estado para atuar nas notificações e investigações dos possíveis eventos, além disso, eles serão multiplicadores para os demais profissionais. Nesse primeiro momento, participam da capacitação enfermeiros e técnicos de enfermagemque atuam em sala de vacina dos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Senador Guiomard, Feijó, Sena Madureira e Manoel Urbano.
“Também convidamos alguns médicos para participar, pois é importante que esses profissionais estejam aptos a identificar um evento adverso. O técnico de enfermagem e o enfermeiro que atuam na sala de vacina vão notificar o evento, já o médico vai dar continuidade e resolutividade ao caso”, explica Ivan. Esses eventos não ocorrem com frequência. Para se ter uma ideia as notificações ocorrem de 1 a 4, a cada cem mil vacinados.
As vacinas, como qualquer medicamento ou fármaco, demandam especial atenção, pois, apesar de serem seguras e proporcionarem benefícios para o controle de doenças, podem desencadear eventos adversos leves ou graves, alguma vezes inesperados. Por isso é importante ter profissionais capacitados para identificar, investigar e acompanhar esses eventos, caso aconteçam.
Eventos Adversos Pós-Vacinação
De acordo com o Portal da Saúde – www.saude.gov.br – entende-se por EAPV qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico. Um evento que está temporalmente associado ao uso de uma vacina nem sempre tem relação causal com a vacina administrada. Esses eventos podem ser relacionados à composição da vacina, aos indivíduos vacinados, à técnica usada em sua administração ou a coincidências com outros agravos.
A partir da localização os eventos adversos podem ser locais ou sistêmicos – que afeta o corpo de forma total – e, de acordo com sua intensidade, podem ser leves, moderados ou severos (graves).
Segundo o Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, é considerado evento adverso grave aquele que: necessite de hospitalização por pelo menos 24 horas; gere incapacidade significativa ou persistente (sequela); resulte em anomalias congênitas; cause ameaça à vida (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito), ou leve ao óbito.