A festa de São Sebastião, o santo padroeiro da cidade de Xapuri, representa um dos maiores momentos de fé do Acre. O governador Tião Viana, que faz questão de acompanhar a romaria todos os anos, já confirmou com o padre Francisco das Chagas, pároco, que na próxima quarta-feira, 20, irá ao município para participar da grande procissão que este ano celebra a 114ª edição.
A menos de uma semana da data da manifestação religiosa, os romeiros e turistas já começam a chegar à cidade, movimentando a economia local, tanto no setor de restaurantes e hotelaria como no setor de artesanato e economia.
A celebração de São Sebastião costuma reunir um público de 10 a 15 mil pessoas, é organizada pela Paróquia de Xapuri e conta com o apoio do governo do Estado. A Igreja de São Sebastião é tomada por fiéis que participam da programação, como as missas e outras atividades litúrgicas. Essas pessoas muitas vezes são voluntárias e também ajudam na ornamentação da festa.
Os espaços culturais e de memória da cidade, coordenados pela Fundação Elias Mansour (FEM), estarão abertos para visitação pública.
Sobre a origem da procissão
Seis meses antes do início da Revolução Acreana, em 1902, um grupo de pessoas saiu em procissão pelas ruas de Xapuri, então um vilarejo, para pedir proteção a São Sebastião contra a guerra que se aproximava na região. Esse foi o início de uma das mais importantes manifestações religiosas do Acre: a festa de São Sebastião.
Os registros sobre o evento são baseados em depoimentos de pessoas, repassados de geração em geração. Assim, a história narra que a imagem do santo chegou a Xapuri no ano de 1912, vinda da Itália.
A principal preocupação da paróquia é manter os fiéis em sintonia com o caráter religioso da festa, que ganha contornos de patrimônio imaterial, assim como o Círio de Nazaré, em Belém.