Em Rio Branco, abrigo de imigrantes acolhe 14 pessoas

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O espaço abriga hoje poucos imigrantes (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Com capacidade para acolher 240 pessoas, o abrigo de imigrantes montado na Chácara Aliança, localizada na Estrada Irineu Serra, em Rio Branco, hospeda hoje, apenas 14, segundo relatório diário da administração do local. De 2010 a 2015, mais de 38,5 mil imigrantes entraram no Brasil pelo Acre e os abrigos em Brasileia e Rio Branco sempre estiveram lotados.

A redução drástica do número de imigrantes está relacionada ao fato de que a emissão de vistos passou a ser realizada no Haiti, na cidade de Porto Príncipe. Dessa forma, os haitianos não precisam mais se deslocar ilegalmente para o Brasil para conseguir a documentação.

O abrigo de Rio Branco funcionou durantes anos com a capacidade máxima, hoje o espaço está praticamente vazio (Foto: Edna Medeiros/Secom)
O abrigo de Rio Branco funcionou durantes anos com a
capacidade máxima, hoje o espaço está praticamente vazio (Foto: Edna Medeiros/Secom)

“Sem precisar vir para o Brasil, os haitianos gastam menos e vão direto para o destino que querem. Essa facilidade da retirada dos vistos no país de origem fez com que a rede de coiotes fosse desativada”, afirma o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Nilson Mourão.

Dos imigrantes que permanecem no abrigo, quatro são haitianos, quatro senegaleses e um dominicano. Nenhum tem a intenção de permanecer no Acre, todos seguirão para outros estados, mas é preciso um número mínimo de 44 pessoas para que o ônibus disponibilizado pelo governo faça o transporte.

Abrigo será mantido até junho de 2016

Mesmo com o número reduzido de imigrantes no abrigo, o governo do Estado, por meio da Sejudh, vai manter o local aberto até o final do contrato, que está previsto para o final do mês de junho. A secretaria vai avaliar o período e só irá manter o abrigo se o grupo que ainda usa essa rota continuar vindo.

“Temos que aguardar até o final de junho para ver se esses números estabilizam. Ainda tem um grupo que continua entrando no Brasil pelo Acre”, disse.

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