As mais de duas mil famílias que moram na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes vivem basicamente do uso sustentável da floresta.
Os moradores exercem atividades como extração do látex e da castanha, sistemas agroflorestais (SAFs), criação de pequenos e grandes animais e manejo madeireiro comunitário.
Com apoio e incentivo do governo do Estado, em parceria com o banco alemão KfW, por meio de diversos convênios, essas famílias conseguem aliar geração de renda com conservação da floresta, que é uma das frentes de atuação do programa REDD for Early Movers (REM).
A coordenadora do programa REM do KfW, Christiane Ehringhaus, visitou o Seringal Rio Branco, na Resex, em Xapuri, nesta quarta-feira, 11.
A coordenadora foi acompanhada pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, representantes de associações de moradores da Resex e líderes comunitários.
A “colocação” escolhida foi a do extrativista Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão. Ele é um dos produtores que conseguem desenvolver várias atividades, algumas delas em parceria com vizinhos, como, por exemplo, o Sistema Agroflorestal (SAF), que associa a plantação de banana, abacaxi e seringueira. Além disso, ele tem a piscicultura, a extração de castanha e do látex e o manejo madeireiro comunitário como alternativas de produção.
“Eu fico muito feliz em receber esse apoio, porque sei que assim estou garantindo que as gerações atual e futura estejam protegidas e não vivam o que nós vivemos no passado: um tempo de abandono. Então, é muito feliz o presente que estamos vivendo”, disse Barros.
Edegard de Deus destacou a importância dessas parcerias. “Temos a condição de colocar em prática um sonho que era do Chico Mendes, e que hoje é nosso: usar a floresta de maneira inteligente, garantindo renda para os extrativistas e aumento da qualidade de vida dessas famílias”, destacou.