Durante três dias, representantes de mais de 20 entidades participam da construção do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). O plano, criado pelo governo federal e implantado pelos estados, tem o objetivo principal de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa.
Para que as peculiaridades de cada estado sejam levadas em conta na hora de criação do plano, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento (Mapa) atua apenas na formulação das diretrizes e mediação da oficina. “Em cada estado, quem define suas metas são os atores locais. Governo e sociedade civil organizada que conhecem a sua própria realidade. A realidade do Acre é diferente de um estado como São Paulo, por exemplo. E isso tem que ser levado em conta na construção do plano”, afirma Edson Junqueira Leite, representante do Mapa.
Em algumas diretrizes determinadas pelo governo federal, o Acre já tem avanços consideráveis. “Uma discussão desse nível vem no momento certo. Nós temos no Acre mais de 2,9 milhões de hectares de áreas degradadas. Se fizermos essas áreas voltarem a produzir, teremos a produção de que precisamos, sem agredir o meio ambiente”, destaca José Carlos Reis, secretário de Estado de Agropecuária.
Além da recuperação de áreas degradadas, o Plano ABC coloca como diretrizes a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Sistemas Agroflorestais, Sistema Plantio Direto, Fixação Biológica do Nitrogênio e Florestas Plantadas. “Quando olhamos as diretrizes do plano, percebemos que ele vem ao encontro das políticas públicas que já estão sendo desenvolvidas na área da produção aqui no Acre”, diz Glenilson Figueiredo, gestor da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar.
A oficina para a construção do Plano ABC no Acre termina nesta sexta-feira, 5, e está sendo realizada no Hotel Comfort.
