O governo do Estado, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), deu início nesta terça-feira, 18, ao Curso de Atualização em Doenças Suínas, em Brasileia.
Destinado aos médicos-veterinários da instituição em todo o estado, o objetivo da capacitação é torná-los difusores de conhecimento, uma vez que o Acre pleiteia junto a mais 14 estados da federação o reconhecimento internacional como Área Livre da Peste Suína Clássica, feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Para a realização do curso, que se estende até a próxima quarta-feira, 20, com aulas teóricas e práticas, o Idaf conta com a parceria da empresa Dom Porquito, localizada na Rodovia do Pacífico, na BR-317, em Brasileia, e da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Acre.
As palestras estão sendo direcionadas pelos pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, de Santa Catarina, Luizinho Caron e Nelson Morés.
“Essa é uma oportunidade de se discutir fatores importantes da sanidade animal. Já se viu que o Acre tem uma grande vocação potencial tanto para a avicultura quanto para a suinocultura, e esse corredor de exportação em breve trará muitos recursos para o Estado”, disse Nelson.
Representantes de estados e países fronteiriços também foram convidados. Isac Pazuello, da Agência de Defesa Animal (Adaf) do Amazonas afirma: “Como estado de fronteira, estamos juntos nesse processo para acompanharmos o Acre”.
O responsável pelo Departamento de Sanidade Animal de Pando, na Bolívia, Daniel Vargas Sequeiros, observou que essa parceria é fundamental. “As doenças não têm fronteira, por isso essa é apenas uma parte do trabalho que todos nós devemos fazer”, disse.
Impacto econômico
De acordo com o diretor da Dom Porquito, Paulo Santoyo, a empresa tem atualmente cerca de 2.400 matrizes. Em 2016, serão 4.400, em 2018, esse número deve saltar para 8.600, o que vai possibilitar o abate de 880 suínos por dia, o equivalente a mais de três mil toneladas de carne por mês. Até 2018, serão gerados pelo menos 1000 empregos diretos na somente na indústria.
“Os investimentos da Dom Porquito sempre serão focados na questão da sanidade. E quando esse reconhecimento internacional chegar, o Acre terá, sim, potencial para ter mercado de consumo cada vez mais competitivo”, destacou.
O diretor-presidente do Idaf, Mamed Dankar completou: “Já temos o reconhecimento nacional de área livre, mas buscamos desde 2013 o internacional, porque sabemos o retorno que isso pode trazer para os nossos produtores e para o Estado, sabendo que podemos contar com uma visão de governo que reconhece a importância de se investir em toda a cadeia produtiva”.
