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Neste 26 de julho celebra-se em todo o Brasil o Dia do Intérprete, lembrando a importância que o tradutor intérprete da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) possui na sociedade, principalmente na área da educação.
Atualmente, 105 intérpretes atuam nas atividades educacionais do Estado – um aumento que supera 90% em 15 anos: em 2000, apenas três profissionais da educação exerciam esse serviço.
Com apoio da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) e do Centro de Apoio ao Surdo (CAS), o trabalho na área vem ajudando a comunidade surda nos mais variados serviços públicos.
Na educação pública, cerca de 180 alunos estão integrados desde a educação básica até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), contando com apoio do tradutor em sala de aula.
Um desses exemplos é no Centro de Educação para Jovens e Adultos (CEJA), localizado na capital acreana e que atende 20 alunos nos três turnos de aulas.
Gideoni Araújo, 26, é um dos alunos surdos do centro. Morando em Rio Branco há um ano, ele veio para a capital sem conseguir se comunicar adequadamente, fato que mudou ao ingressar na EJA e iniciar a comunicação através da língua de sinais. “Minha vida era muito difícil, mas agora consigo me expressar e dizer o que realmente sinto”, afirmou o estudante.
O aprendizado de Gideoni entra em acordo com a lei nº 5.626, sancionada em 2005, estabelecendo que os alunos surdos possuam uma educação bilíngue, sendo Libras a primeira língua e a língua portuguesa, na modalidade escrita, a segunda.
Para Unigleidy Barbosa, intérprete de Gideoni no CEJA, as melhoras na educação envolvendo os surdos estimulam ainda mais o convívio e a integração social.
“Trabalho há cinco anos no centro, e durante este período observo cada vez mais a necessidade de fortalecermos a união entre surdos e ouvintes. Com apoio mútuo, é possível superar as dificuldades e auxiliar quem realmente precisa”, disse.