O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, publicou um vídeo em suas redes sociais em que aponta o Acre como um dos caminhos e alternativas para um Brasil pós-crise econômica.
Após conhecer de perto os programas de desenvolvimento econômico e social do Estado em junho deste ano, a convite do governador Tião Viana, Mangabeira Unger explica que o Estado possui um experimentalismo que o país deve seguir.
“O Brasil precisa de novas estratégias de desenvolvimento baseadas em ampliação de capacitações e oportunidades. Não há um dogma para mostrar o caminho; o caminho tem que ser desbravado experimentalmente. Esse experimento não precisa ser inventado, ele já existe, veja o Acre”, disse o ministro, ao ressaltar que o Estado foi o único a lutar para pertencer ao território brasileiro.
Conhecendo de perto o Complexo de Piscicultura e a Usina de Beneficiamento de Castanha da Cooperacre, o ministro falou como é possível valorizar terras em que já houve desmatamento, sem precisar abrir novas, mantendo a valorização da floresta em pé.
“Eu vi lá uma nova indústria de peixes em cativeiro, em que o governo se associa com cooperativas de pequenos produtores, sem ser aquele extrativismo artesanal, mas uma produção técnica e científica. Eu vi uma nova indústria da castanha que ajuda a manter a floresta em pé e assegurar que ela valha mais que derrubada”, conta.
Mangabeira ainda falou sobre um dos projetos que mais admirou, o Instituto de Matemática, Ciência e Filosofia, com destaque para a base construtiva da educação diferenciada, por meio da promoção de cursos livres e da iniciação científica. “Um experimento avançadíssimo que não existe nem nos países mais ricos do mundo. O governo reuniu estudantes da rede pública que já demonstraram uma vocação para o estudo avançado num centro e disponibilizou uma forma experimental de educação na ponta avançada da matemática, das ciências naturais e da humanidade.”
Ao encerrar seu vídeo, o ministro é direto: “Esse experimentalismo acreano é necessário para todo o país. Isso é o que eu quero para o Brasil: a generalização e o aprofundamento do experimentalismo para construir uma estratégia de desenvolvimento capacitadora e produtivista, aí o Brasil fica de pé e vai para frente”.