Especialistas de Taiwan avaliam o bambu nativo da região

Os visitantes conheceram as florestas de bambu da Vila do Incra, de Manoel Urbano e de Sena Madureira (Foto: Bruno Imbroisi)
Os visitantes conheceram as florestas de bambu da Vila do Incra, de Manoel Urbano e de Sena Madureira (Foto: Bruno Imbroisi/Cedida)

O embaixador de Taiwan no Brasil, Isaac Tsai, esteve no Acre, na última semana, a convite do governador Tião Viana e do senador Jorge Viana. Isaac Tsai assegurou que está a disposição para ajudar o estado a desenvolver a cadeia produtiva do bambu. O empresário e técnico em bambu, David Chen e o especialista em bambu e chefe da missão de Taiwan no Equador, Steve Wong, acompanharam o embaixador na visita ao Estado e, até a sexta-feira, 26, fizeram visitações para conhecer o bambu nativo.

Os visitantes conheceram as florestas de bambu da Vila do Incra, de Manoel Urbano e de Sena Madureira, nas margens do Rio Purus, finalizando a visita com uma reunião de avaliação na Biblioteca da Floresta.

Taiwan possui experiência na utilização do bambu tanto na área comercial, como na industrial, e apesar da diferença nas espécies de bambu do Acre para as asiáticas, os especialistas afirmaram que existe um potencial de mercado para o bambu da região. “Pode utilizar na construção, em banner de bambu, para fazer carvão e também é possível moer para fazer papel e melhorar o solo”, diz Wong.

Para o Estado, a visita dos especialistas foi de extrema importância pelo vasto conhecimento que têm sobre a matéria-prima e orientações técnicas foram passadas para a equipe da região, como a identificação do bambu mais viável para a construção e outros fins industriais. “Antes da vinda dos pesquisadores tínhamos muitas questões a serem resolvidas como a identificação e tratamento, que, agora foram sanadas”, afirma Dixon Afonso, tecnólogo em construção civil da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac).

Os especialistas também destacaram a necessidade de melhorar o trabalho do manejo florestal para o bambu, observação que veio de encontro com a proposta dos especialistas locais. “A ideia é utilizar a matéria-prima de uma forma melhorada de plantio, colocando em áreas que sejam mais fáceis de maneja-las”, ressalta Dixon Afonso.

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