Ação funciona em áreas urbanas e rurais com resultados que impressionam pelo baixo índice de criminalidade
Na semana passada aconteceu no auditório da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) a terceira etapa do Projeto de Polícia Comunitária, dentro da filosofia adotada pelo Sistema Koban, criado pela polícia japonesa e copiado por diversos países, inclusive o Brasil.
Na primeira etapa, foram capacitados com curso de multiplicadores 30 oficias da PM, entre capitães e tenentes. Numa segunda fase, esses oficiais repassaram os conhecimentos para gestores e operadores, entre sargentos e soldados. Esses militares recebem o mesmo treinamento para atuarem como multiplicadores e gerenciarem o conceito de polícia comunitária nas comunidades onde irão atuar.
Na terceira etapa, o projeto prevê a formação de 250 promotores de Polícia Comunitária, onde estarão inclusos representantes de todas as forças da Segurança Pública e setores da sociedade organizada, através de suas associações, federações e sindicatos. Essa fase do projeto tem conclusão prevista para o fim deste ano.
No Acre, o coordenador estadual do Programa de Polícia Comunitária é o major PM Almir Lopes de Souza. Ele explica que, pela adesão ao programa, o Acre está habilitado a receber recursos, que se aproximam de R$ 30 milhões.
Até fase final do projeto em 2014, serão erguidas as estruturas físicas, adquiridas viaturas, equipamentos de vídeo, câmaras e todo o necessário para o completo funcionamento do projeto. O major Almir garante que o Programa de Polícia Comunitária será adotado em todo o Estado.
Koban existe há mais de 100 anos
O sistema Koban é uma filosofia policial criada e implantada nas 47 províncias existentes no Japão e que está sendo copiado para outros países, inclusive o Brasil.
Foi criado em 1874, e, mesmo com a mudança de governo e as pessoas ocupando os mais variados cargos provinciais, o sistema foi mantido. Funciona em áreas urbanas e rurais com resultados que impressionam pelo baixo índice de criminalidade.
Chegou ao Brasil graças um acordo de cooperação técnica entre o governo federal (Ministério da Justiça/Secretaria Nacional de Segurança Pública – Senasp), oportunizando que 16 Estados aderissem ao programa, entre eles o Acre. A participação do Japão dentro desse acordo de cooperação é atuar como operador do conhecimento, passando experiência e treinamento e inspecionando o desenvolvimento do projeto nos Estados onde já está implantado o programa de Policia Comunitária.