Ação da cadeia produtiva de hortaliça se tornou sinônimo de fartura
Transpondo obstáculos para chegar às comunidades rurais mais longínquas do Estado tem sido um desafio que a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) vem enfrentando a cada dia para ajudar as famílias rurais, que historicamente eram relegadas devido às dificuldades de acesso.
Com metas ousadas e com o princípio de atender todos os produtores de forma igualitária, a Seaprof escolheu a propriedade de José Carlos de Souza Bezerra, que fica no Ramal do Lauriano, quilômetro 1, da BR-364, sede da Associação dos Produtores Rurais Menino Jesus, para construção de uma casa de vegetação.
Nesta quarta-feira, 5, a equipe da Seaprof, junto com a comunidade, construiu a unidade demonstrativa, que servirá para replicação aos produtores que tenham interesse em cultivar hortaliças. Foram destinadas ao município de Sena Madureira oito unidades, todas já implantadas.
De acordo com o gerente da cadeia produtiva de hortaliças, Pedro Gomes, já foi concluído 88% da meta proposta para o ano, que é implantar 100 casas de vegetação em todo o Estado, priorizando aquelas comunidades de difícil acesso.
“Em Sena Madureira, todos os servidores da Seaprof participaram do mutirão. Acreditamos que, com o envolvimento de todos, comunidade e governo do Estado, poderemos ajudar na tão almejada autonomia, que preconiza a segurança alimentar e nutricional da população rural do Estado”, disse Pedro Gomes.
Já foram beneficiados a região do Alto e Baixo Acre e parte da regional do Tarauacá-Envira e Juruá. A previsão é de que, no decorrer deste mês, as unidades de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Santa Rosa do Purus implantem as casas de vegetação nos municípios.
A implementação do cultivo de hortaliças será potencializada pelo programa estadual de segurança alimentar e abastecimento local, que destinará mais de 2,9 toneladas de sementes de cebolinha, melancia, coentro, couve, alface, tomate e berinjela. O governo do Estado também está atento à comercialização do produto, que poderá ser destinado ao Programa de Aquisição de Alimentos, que prevê a compra da produção a preço economicamente viável e socialmente justo.
“Todo o esforço do Estado está expresso no Plano Acre Sem Miséria, que objetiva a erradicação da extrema pobreza, tanto na área rural quanto urbana. Pretendemos ajudar os produtores ao ponto de conseguirem abastecer seus municípios com os principais produtos básicos da cadeia alimentar, derivados da produção familiar rural”, disse Clovis Melo, diretor executivo da Seaprof.
Na próxima terça-feira, 11, sairão caminhões com 12 kits de casas de vegetação para os municípios de Manoel Urbano, Rodrigues Alves e Jordão.