A equipe do Banco Mundial que está no Acre avaliando as ações do Programa de Desenvolvimento Comunitário Sustentável do Estado do Acre (Proacre) esteve durante a terça-feira, 19, no Projeto de Assentamento Caquetá, localizado em Porto Acre. A equipe se reuniu com a comunidade da Associação de Produtores Rurais Sonho Meu que representa 54 famílias.
Na localidade, o governo do Acre e o Banco Mundial são parceiros em um projeto que apoia os produtores rurais com equipamentos que permitem o aumento da produção sem a necessidade do uso do fogo para o preparo e a recuperação do solo.
Com a tecnologia à disposição, a comunidade passa a ter condições de produzir independente da estação do ano. Além da mandioca, os produtores rurais vão aproveitar a entressafra para plantar culturas rápidas como feijão, milho, arroz, melancia e abóbora. Assim, os produtores podem ter renda durante todo o ano.
“Essa comunidade tem o perfil para receber esse tipo de investimento. É uma comunidade organizada, que tem um grande potencial produtivo e já possui uma boa produção agrícola”, afirma Marcus Jeferson, engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).
Sonho de uma agroindústria
Atualmente, o carro chefe da produção agrícola dessa comunidade no Projeto de Assentamento do Caquetá é o cultivo da mandioca. São 30 hectares plantados e uma produção de oito mil quilos.
Com a chegada dos equipamentos, assistência técnica e a criação de uma cooperativa os produtores sonham alto. A intenção é montar uma agroindústria para o beneficiamento da mandioca.
A comunidade já possui uma área de cinco hectares onde no futuro será instalada a agroindústria que deve beneficiar 400 famílias do projeto de assentamento. A estimativa dos produtores é que em plena atividade, a agroindústria beneficie mil quilos de mandioca diariamente.
“Esse equipamento era o que faltava pra nossa comunidade. Agora vamos aumentar nossa produção. Queremos produzir farinha de todos os tipos, a goma e o tucupi. Nossa intenção é não desperdiçar nada e aumentar a renda da comunidade”, destaca Elizabete da Silva, presidente da Cooperativa de Produtores Rurais Sonho Meu.
A equipe do Banco Mundial saiu impressionada com o que viu na comunidade. “A impressão é muito boa por uma série de fatores. É uma comunidade muito fortalecida, com uma estrutura social muito sólida. Além disso, já tem um perfil de produção definido, o que permite que esse esforço financeiro se traduza em avanço na comunidade”, afirma Luís Dias, economista agrícola do Banco Mundial.