Secretário Ermício Sena e comandante Anastácio asseguram que equipe do Bope está na região para garantir segurança a equipe da Funai
O secretário adjunto de Segurança Pública, Ermício Sena, concedeu entrevista na manhã desta terça-feira, 9, para relatar os procedimentos tomados pelo Governo do Estado que visam assegurar a integridade dos funcionários da Funai que estão numa área onde há suspeitas que narcotraficantes estariam em conflito com indígenas isolados no município de Feijó, nas proximidades da fronteira Brasil e Peru.
Ermício Sena contou que logo depois que o Governo do Estado foi informado sobre a possível presença de invasores na região do Alto Envira, na área onde esta localizada uma base da Funai, o Estado se colocou a disposição da Fundação e da Polícia Federal disponibilizando equipamentos e pessoas para ajudar.
“O governador Tião Viana, de forma proativa, colocou a Polícia Militar a serviço desse problema. No local não houve confirmações de morte. O que houve foi à prisão de um narcotraficante que tinha, conta ele, mandados de prisão abertos em outros Estados. E, até o momento, há especulação de que narcotraficantes e guerrilheiros vindos da área de fronteira possam estar circundando aquela área”, detalha Sena.
O secretário adjunto de Segurança Pública ressalta que neste momento é aguardada a chegada da secretária Nacional, Regina Miki que vem acompanhada pelo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira. Eles chegam hoje, 9, a Rio Branco.
A partir das 15 horas Regina Miki e Márcio Meira participarão de uma reunião integrada no gabinete do governador com a participação de representantes da área de segurança pública estadual e Federal.
“Nós temos que proteger as populações indígenas da região e nesse aspecto o governador determinou que o Estado disponibilizasse nossas equipes para ficarem à disposição para o caso de um eventual conflito”, informa o secretário.
Atento aos fatos que estão acontecendo num área isolada do Acre, o governador Tião Viana tem mantido contato permanente com o Ministério da Justiça e com a Casa Civil para buscar alternativas que possam resguardar os povos indígenas e os brasileiros que vivem na região que está sendo invadida por traficantes.
O comandante-geral da Polícia Militar do Acre, coronel José dos Reis Anastácio, assegura que não há risco de conflitos na região próxima a base da Funai. O coronel Anastácio conta que conversou com o sertanista Carlos Meirelles durante a manhã e essa possibilidade foi descartada.
“No domingo o governador solicitou que destacássemos homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para aquela região com a finalidade de garantir a seguranças dos funcionários da Funai e de outras pessoas que estavam em risco. Logo que chegaram eles já iniciaram os trabalhos de segurança e na segunda-feira patrulharam a região, mas nada foi encontrado”, explica o coronel.
O comandante-geral da PM ressalta que nesta terça-feira foi feito outro patrulhamento na área e na quarta-feira, 10, a equipe do Bope conclui o patrulhamento na área total da reserva.
“Há indícios da presença de traficantes na área, mas não tem ninguém cercado, não tem ninguém sobre cerco. Mas, sabendo do risco de ter traficantes na área o Estado está mantendo os homens do Batalhão de Operações Especiais, treinado para essas missões, no local”, enfatiza o comandante.