Municípios de fronteira estão em alerta para epidemia de dengue

Eliminação dos criadouros é essencial para diminui índice de infestação predial (Foto: Arquivo Secom)
Eliminação dos criadouros é essencial para diminuir índice de infestação predial (Foto: Arquivo Secom)

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia em fevereiro apontou Índice de Infestação Predial (IIP) acima dos valores considerados aceitáveis pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com o estabelecido pelo MS, índices de infestação predial acima de 3,9% colocam o município em situação de risco de epidemia de dengue.

Em Epitaciolândia, os dados indicaram que pouco mais de 23% dos imóveis estariam infestados pelo mosquito transmissor da dengue, deixando a cidade em risco de epidemia. Já em Brasileia, segundo o LIRAa de fevereiro, a cada cem imóveis, pouco mais de dez tinham a presença do vetor, ou seja 10,1% de infestação.

A gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Thayna Holanda, informou que o governo do Estado vem reforçando o trabalho de prevenção, controle e combate à dengue nos municípios.

“O governo auxilia os municípios, por meio de capacitações dos profissionais de saúde, apoio laboratorial, campanhas de mobilização social, limpeza nos bairros, além de conscientizar a população sobre formas de prevenção e controle do vetor. Também treinamos os agentes de endemias, que trabalham direto com a população, vistoriando casas, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais, a fim de detectar focos da dengue”, garantiu.

A gerente ressaltou que a responsabilidade das ações de combate e prevenção da dengue é dos municípios, sendo o Estado responsável por monitorar os resultados e orientar a gestão municipal no controle da doença.

Ações de limpeza reduzem IIP

Para Thayna, as ações de limpeza das cidades, após a enchente do rio Acre, desempenhadas pelo governo do Estado em parceria com as prefeituras possibilitou uma redução considerável no IIP nestes dois municípios.

Conforme o LIRAa realizado no período de 8 a 10 de abril, o IIP em Epitaciolândia foi de 11,5%, indicando uma redução de 50,21%. Apesar da redução, o resultado indica que o município continua dentro da faixa considerada de risco de epidemia.

Brasileia fez o levantamento no período de 7 a 10 de abril, e os resultados foram considerados satisfatórios, pois o município saiu da situação de risco de surto, ficando em estado de alerta, uma vez que o IIP foi de 3,7% da presença do vetor. Esse percentual, quando comparado com o levantamento anterior, apresenta uma redução de 63,3%.

Depósitos predominantes

 Os depósitos que tiveram maior relevância em Epitaciolândia foram lixo e descartáveis com 45% de positividade de larvas, seguido de depósitos ao nível do solo com 25%.

Em Brasileia a situação não foi diferente, a positividade foi de mais de 41% em lixo e descartáveis, seguidos depósitos como baldes, bacias e vasos de plantas, por exemplo, que apresentaram 23,52% de positividade.

Os dados revelam que a população precisa atuar em parceria com os agentes de vigilância para combater o vetor da dengue, cuidando melhor dos depósitos de armazenamento de água, da limpeza do quintal, retirar lixos e entulhos que servem de criadouros para o mosquito, dentre outros.

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