A solidariedade às famílias atingidas pelas cheias dos rios no Acre chega de vários lugares, até mesmo de países distantes. Um dos exemplos vem da comunidade de Lunano, cidade de 1.300 habitantes, na Itália. Sensibilizados com a situação de calamidade vivida no estado, organizações não governamentais realizaram o “Jantar Solidário”, no último dia 28, para angariar recursos em prol das cidades afetadas pela alagação.
O evento foi no Oratório de Lunano e contou com a participação de 112 pessoas. Na abertura, foi exibida uma apresentação sobre o Acre e a problemática causada pelas enchentes que atingiram a região.
O que foi arrecadado com a ação será depositado por transferência internacional na conta SOS Enchente Rio Acre, cedida pela Diocese de Rio Banco ao movimento Acre Solidário. A campanha segue até o dia 5 de abril, Domingo de Páscoa.
A iniciativa humanitária foi promovida pelo produtor cultural Miguel Mauri, da Associação Nomadas Brasil, que reside em Rio Branco, pelo Oratório e Caritas, organizações ligadas à Igreja Católica, e pela Pro Loco di Lunano, organização da sociedade civil que trabalha com festas tradicionais.
“Mesmo a Itália passando por uma grave crise econômica, ver tantas pessoas juntas em um pequeno município é algo extraordinário. Contamos com 15 voluntários e a ajuda de mercados e restaurantes na organização do evento. A maioria das pessoas que participaram nunca tinha ouvido falar no Acre e perguntava como era possível que a mídia internacional não reportasse notícias de uma tragédia de tamanha proporção”, disse Miguel Mauri.
A primeira-dama Marlúcia Cândida, idealizadora do Acre Solidário, agradeceu pela iniciativa humanitária.
“Parabéns por esse gesto especial de amor ao próximo. Agradeço, em nome das famílias, prefeituras e governo do Estado, por todo o apoio e solidariedade”, disse.
