Lançada a pedra fundamental para a construção do complexo industrial Peixes da Amazônia S.A.

Cadeia produtiva do peixe deve gerar direta e indiretamente cerca de 16 mil empregos

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O governador Tião Viana lançou a pedra fundamental para a construção do complexo industrial Peixes da Amazônia S.A. A empresa vai gerenciar a cadeia produtiva do pescado, que pode negociar entre 20 mil e 100 mil toneladas de pescados no Estado a partir de 2014 (Foto: Angela Peres/Secom)

O governador Tião Viana lançou a pedra fundamental para a construção do complexo industrial Peixes da Amazônia S.A. A empresa vai gerenciar a cadeia produtiva do pescado, que pode negociar entre 20 mil e 100 mil toneladas de pescados no Estado a partir de 2014. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira, 24, no quilômetro 30 da rodovia BR-364, no município de Senador Guiomard. Estiveram presentes ao evento autoridades civis e militares, parlamentares, empresários, piscicultores e produtores rurais.

O complexo vai gerenciar um centro tecnológico de reprodução de alevinos, uma fábrica de rações para peixes e um frigorífico para o beneficiamento e estocagem de pescados para a comercialização no mercado interno e para a exportação. “Esse complexo é algo que vai mudar completamente a atividade da piscicultura no Estado do Acre, pois ele vai agregar essas três áreas fundamentais para uma piscicultura moderna, competitiva e exportadora. Nós teremos aqui alevinos de pirarucu, de surubim e de outras espécies a preços competitivos, teremos ração de qualidade e dentro dos padrões exigidos pelo mercado mundial e um frigorífico, porque na medida em que a piscicultura cresce, se ela não tiver como armazenar e comercializar esse peixe, nós vamos ter um problema na área da produção”, contou o secretário de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, Edvaldo Magalhães.

Os investimentos são do governo do Estado e da iniciativa privada. Cerca de R$ 53 milhões estão sendo investidos. O governador Tião Viana lembrou o esforço feito pelos seus antecessores Jorge Viana e Binho Marques e ainda o esforço de seu pai, Wildy Viana da Neves, que em meados da década de 1970, trouxe alevinos de São Paulo para serem reproduzidos no Acre. “Com todo o esforço que foi feito até agora, nós já produzimos um total de 5 mil toneladas/ano, o que gera uma capacidade de venda maior do que o mercado interno é capaz de consumir, mas bem menor do que o mercado externo exige. Para resolver esse problema, nós temos que implantar indústria para gerar valor agregado, gerar renda e crescimento da economia. Se nós chegarmos a uma produção anual de 100 mil toneladas, vamos estar falando de uma receita anual de R$ 1 bilhão”, explicou o governador.

“A cadeia produtiva do peixe vai gerar direta e indiretamente emprego para cerca de 16 mil pessoas”, completou o governador. Para gerenciar o empreendimento, foi montado um consórcio de empresários, cooperativas e governo do Estado. Ao todo, são 18 empreendedores, cada um entrou com a quantia de R$ 500 mil. Entre esses estão as cooperativas de pequenos piscicultores. Elas estão recebendo o apoio do governo do Estado e devem se tornar, em breve, proprietárias de 25% de todo o empreendimento. O presidente da Central de Cooperativas de Piscicultores do Estado do Acre – Acre Peixes, Sansão Nogueira de Sena, disse que o complexo industrial traz grande esperança para os produtores.

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Os investimentos do governo do Estado e da iniciativa privada no complexo de piscicultura somam cerca de R$ 53 milhões (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“A gente acredita que toda essa estrutura vai melhorar a produção e fazer crescer essa cadeia produtiva”, afirma. Sena disse que isso se dará com o acesso a alevinos e ração de qualidade, com a assistência técnica especializada e com a ampliação da área de produção, com tanques e açudes em todo o Estado. “Esse é o momento certo para a gente partir, de uma vez por todas, para um caminho bem maior, que vem com a exportação em grande escala de nossa produção de pescados”, garantiu.

O secretário de Agricultura e Produção Familiar, Lourival Marques, disse que os investimentos na cadeia produtiva do pescado – investimento que prevê a construção de 5 mil tanques para a criação de peixes até o ano de 2014 – deve beneficiar cerca de mil famílias que atuam na agricultura familiar. “Isso nos deixa muito satisfeitos, pois sabemos que tanto os pequenos produtores como os médios vão agora poder investir na piscicultura, gerando renda a partir da comercialização, pois terão para quem vender.

O senador Jorge Viana disse que o Acre está se tornando o endereço do peixe na Amazônia, mas ainda não é o endereço da indústria do peixe na Amazônia. Viana argumenta que, a partir da implantação do complexo industrial, o Acre definitivamente conseguirá esse objetivo. “Há alguns anos, antes de a gente começar a consertar o Acre, aqui era onde o Brasil terminava. Agora, aqui é onde o Brasil começa”, afirmou o senador.

O também senador Aníbal Diniz afirmou que o complexo industrial Peixes da Amazônia e o investimentos na cadeia produtiva do pescado representam o mais importante projeto em curso no Estado. “Esse projeto de piscicultura é um projeto que mobiliza o Acre inteiro. Um projeto dessa magnitude vai ter a adesão de todos os prefeitos, vai ter o apoio de todos os deputados, de todas as equipes técnicas de cada uma das secretarias, porque o Acre vai ser um exemplo e o endereço da piscicultura na Amazônia e o maior produtor de peixes da região”, afirmou.


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