Governo discute plano de gestão da castanha com produtores do Antimary

Antes, preço da lata variava entre R$ 5 a R$ 7 a lata, após associarem-se a Cooperacre, o preço pago aos produtores chega a R$ 32 (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Antes, preço da lata de castanha variava entre R$ 5 a R$ 7, após associarem-se a Cooperacre, o preço pago aos produtores chega a R$ 32 (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Sessenta extrativistas da Floresta Estadual do Antimary, de Sena Madureira, participaram na sexta-feira, 20, de um encontro com técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF) para discutir a construção do plano de gestão da cadeia de valor da castanha.

Depois da intervenção do governo do Estado na comunidade e o ingresso dos extrativistas em uma cooperativa a situação de vida desses produtores rurais mudou completamente.

Antes, a produção de castanha era comercializada por meio de atravessadores que pagavam um preço que variava entre R$ 5 a R$ 7 a lata. Depois que se associaram a Cooperacre, o preço pago pela cooperativa aos produtores chega a R$ 32 a lata.

O plano de gestão, financiado em 80% pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), resulta no levantamento dos entraves que ainda atrapalham a produção extrativista de castanha em cada região.

Com os recursos, cerca de 10 mil dólares por família, é possível construir armazéns para o estoque do produto, aquisição de barcos, compra de animais de carga, carroças e micro tratores.

“Nós estamos muito animados. A gente que sobrevive do extrativismo sabe da importância do apoio que estamos recebendo”, afirma Marivaldo de Freitas, presidente da Associação de Produtores Rurais Verde Floresta do Igarapé Sossego no Antimary. Com uma produção de 20 mil latas de castanha, 40 famílias, cerca de 200 pessoas, deverão ser beneficiadas com o plano de gestão na comunidade.

Qualidade da castanha

A coordenadora da cadeia produtiva da castanha na Seaprof, a Engenheira Agrônoma Diana Cristina Braga, afirma que o plano de gestão vai resolver os problemas que ainda atrapalham a qualidade da castanha na região. “Com esses equipamentos a castanha aqui do Antimary vai dar um salto de qualidade. Vamos ter rapidez no transporte e armazenamento seguros, o que garantem a qualidade do produto”, explica.

Já foram implantados dois outros planos de gestão da castanha, beneficiando nove comunidades rurais em quatro municípios.  A previsão é criar 24 planos de gestão de valor da castanha.

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