Prefeitura de Porto Acre decreta situação de emergência

Mais de 150 propriedades rurais foram alagadas e 40 famílias estão em abrigos públicos (Foto:  Rodrigo Almeida)
Mais de 150 propriedades rurais foram alagadas e 40 famílias estão em abrigos públicos (Foto: Rodrigo Almeida)

As águas chegaram com força a Porto Acre (60 quilômetros de Rio Branco), alagando 11 áreas rurais, o centro da cidade, a prefeitura e a Secretaria de Saúde. Escolas, igrejas e repartições públicas são usadas como abrigos para acolher mais de 40 famílias atingidas pelo Rio Acre. Outras 60 estão desalojadas na casa de parentes ou amigos.

Segundo o presidente da Comissão Municipal da Defesa Civil (Comdec), Moisés Costa, a situação mais crítica é na zona rural, onde centenas de famílias estão ilhadas. “Eles perderam tudo, toda a plantação. Estão sem água potável e comida”, contou.

O governo do Estado enviou  barcos, caminhões, cestas básicas e cloro para tratar a água (Foto: Rodrigo Almeida)
O governo do Estado enviou barcos, caminhões, cestas básicas e cloro para tratar a água (Foto: Rodrigo Almeida)

Na tarde desta quinta-feira, 5, o governo do Estado enviou ao município barcos, caminhões, cestas básicas e cloro para tratar a água. O prefeito do município, Carlinhos Portela, agradeceu a ajuda.

“Veio em boa hora, pois o município está sem condições de atender essas famílias. A administração municipal está parada, nossos sistemas financeiro e contábil não funcionam, até a prefeitura está funcionando provisoriamente na Câmara Municipal porque foi alagada”, lamentou.

Glenilson Figueiredo, gestor da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), esteve na zona rural fazendo levantamento das áreas alagadas e conversando com os agricultores.

“Estamos produzindo relatórios, diagnosticando as culturas mais atingidas e estudando medidas para ajudar essas famílias. Estimamos que cerca de 150 propriedades já foram alagadas”, disse.

Uma das vítimas é o aposentado Manoel Vieira, 74, que já contabiliza os prejuízos. “Perdi galinhas, pintos… meu capim já foi tomado pelas águas. Os bois estão ilhados naquele pedaço de terra. Se a água subir mais, não sei como vou fazer”, lamenta.

Manoel mora na colocação São Francisco. Ilhado com a família, ele se recusa deixar a área. “Acho que não enche mais”, acredita. Mas, segundo a Defesa Civil do município, a previsão é de que continue enchendo. “Essa água que está em Rio Branco vai passar toda por aqui. Acredito que até domingo o rio continuará subindo”, alertou Moisés Costa.

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