Governador e ministro da Integração vistoriam áreas rurais alagadas

Os prejuízos na produção rural em todo o Estado somam cerca de R$ 50 milhões (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Os prejuízos na produção rural em todo o Estado somam cerca de R$ 50 milhões (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador Tião Viana e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, inspecionaram na manhã desta quarta-feira, 4, as áreas rurais no entorno do Rio Acre, em Rio Branco, que foram atingidas pela cheia. Centenas de pequenos produtores perderam praticamente todos os seus investimentos, gerando um prejuízo calculado em mais de R$ 50 milhões em todo o Estado.

Percorrendo a região do Rui Lino, Liberdade e Judia, o ministro pôde ver de perto a situação calamitosa em que se encontra a maioria dos produtores. “A nossa expectativa é de que essa semana o rio comece a baixar e já possamos fazer as intervenções necessárias para o funcionamento normal da cidade. Mas não é apenas a área urbana que merece atenção, estamos visitando as áreas rurais e avaliando o que é possível para ajudar também essas pessoas”, disse Gilberto Occhi.

Grande parte dos agricultores do Acre depende do apoio do governo no desenvolvimento de suas atividades. A Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) e a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) já estão coordenando uma comissão que irá verificar os prejuízos e analisar o que for necessário para ajudar os produtores.

Para o governador Tião Viana, não é um momento de baixar a cabeça, mas de olhar agora para o futuro. “Visitaremos os danos. O ministro está sendo solidário e a presidente Dilma nos enviará toda a ajuda possível”, ressaltou o governador.

Quase ilhado em sua propriedade, Ivan de Souza é um dos maiores piscicultores do Acre, produzindo cerca de 600 toneladas por ano e com um laboratório de mais de um milhão de alevinos. A cheia do Rio Acre transbordou em todos os seus açudes e as perdas são incalculáveis. Ainda assim Ivan não recua: “Nós construímos esses açudes 50 centímetros acima do nível da alagação de 1997. Perdemos muito, mas vamos trabalhar para superar”. Sua mãe, Marina de Souza, diz que em 60 anos nunca presenciou algo parecido. “É assustador, eu nunca vi algo assim. Estamos perdendo todos os nossos peixes”, conta a senhora.

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