Percorrendo o Rio Acre até as comunidades Liberdade e Panorama, em Rio Branco, equipes do Estado e Prefeitura iniciaram o levantamento dos impactos causados pela cheia na zona rural. Ações de emergência também estão sendo realizadas, como entrega de cestas básicas e água mineral.
Os secretários de Produção Familiar (Seaprof), Glenilson Figueiredo, e Pequenos Negócios (SEPN), Henry Nogueira, acompanharam de perto as angústias de produtores e famílias que perderam toda a sua renda. “Nós somos dez secretarias envolvidas e vamos realizar um relatório minucioso e fidedigno desta situação”, explica Figueiredo. “A Pequenos Negócios vai reunir todos os esforços e realizar um projeto para dar apoio e suporte para as pessoas atingidas”, conclui Nogueira.
Responsáveis por cerca de 80% da produção de goma de tapioca consumida na capital, os ribeirinhos próximos ao seringal Panorama relatam a dor de ver o trabalho de meses ruir. “Fico muito triste, porque ralei demais e investi dinheiro. Mas depois de vazar vou continuar plantando, o que posso fazer? Preciso terminar minha casa”, diz o agricultor José de Freitas Queiroz, ao apontar os oito hectares que plantou alagados.
Em Tarauacá, atingido com cheias desde o fim do último ano, estima-se um prejuízo de R$ 40 milhões. Nas outras cidades atingidas também estão ocorrendo ações na zona rural. Equipes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Acre (Emater) seguem em Assis Brasil e da Secretaria de Agricultura e Pecuária segue de Xapuri até Rio Branco.