Casas invadidas no Ilson Ribeiro são reintegradas com segurança

Governo garantiu estrutura logística e reforço de policiais para o processo de retirada dos pertences das famílias do local

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Conflito entre invasores e polícia foi registrado apenas no início da operação. Nos demais momentos, o mandato de reintegração de posse ocorreu com segurança para moradores e oficiais de justiça (Foto: Secom)

Os oficiais de Justiça garantiram na manhã desta quarta-feira, 30, com a presença da Polícia Militar, a reintegração de posse das 295 casas do programa de habitação do governo do Estado que foram invadidas na última segunda-feira, 28. Num primeiro momento, os invasores tentaram impedir a entrada dos policiais colocando paus e escadas na rua, mas a barricada foi retirada pela PM.

Segundo o comandante da operação, coronel Paulo César, subcomandante da PM, foram mobilizados 350 policiais que usaram a força de forma moderada, sem caracterizar agressão física em nenhum momento. Os manifestantes enfrentaram a polícia, que teve homens do Batalhão de Operações Especais (Bope) abrindo caminho. Os invasores jogaram paus, pedaços de tijolo e pedras na polícia e partiram para o ataque. A polícia reagiu com balas de borracha para dispersar os manifestantes, mas nenhuma delas atingiu qualquer manifestante, garante Paulo César.

A operação teve início por volta das 7 horas da manhã e até as 11 horas todas as casas haviam sido reintegradas. O governo do Estado disponibilizou estrutura para que os pertences dos invasores fossem retirados do local. “Nós acompanhamos toda a operação para que não houvesse violência. Os policiais estão desarmados e apenas os oficiais estão portando arma”, disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Henrique Corinto.

O secretário de Desenvolvimento para Assistência Social, Antônio Torres, explicou que todas as famílias foram cadastradas – algumas não faziam parte do cadastro para o programa habitacional do governo do Estado, e terão suas situações avaliadas. Entre os invasores, porém, numa avaliação preliminar, foi constatada a presença de pessoas com casa própria, comerciantes e interessados em revender os imóveis.

Sobre a solicitação de uma reunião entre a comissão das famílias e o governo, houve um entendimento no início da semana de que haveria uma reunião nesta quarta-feira caso as famílias desocupassem os imóveis invadidos. Como não houve desistência por parte dos invasores, o governo, após várias tentativas de diálogo, recorreu à ação da Justiça.

“Essas casas do Ilson Ribeiro têm destino certo e vão atender os inscritos no Bolsa Moradia Transitória. São pessoas que foram retiradas de áreas de risco ou estavam em situação de extrema pobreza. O governo tem uma política habitacional que já entregou 2 mil casas e prevê a entrega de mais 4 mil este ano e outras 4.500 no ano que vem. Mas os selecionados precisam passar por um processo criterioso que leva em consideração vários fatores sociais”, explicou Torres.

As casas ainda não foram entregues porque não estão concluídas. O governo vai entregá-las assim que toda a infraestrutura necessária estiver pronta: ruas, calçadas, rede de coleta e tratamento de esgoto, área de lazer e iluminação pública.

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