“Já me Transformei em Imagem” é o nome do documentário acreano que vai representar o Brasil no Berlim International Film Festival, o Berlinale, um dos festivais de cinema mais importantes do mundo, que será realizado em Berlim (Alemanha), a partir desta quinta-feira, 5, até o próximo dia 14. O autor da obra, que concorre na categoria de filmes indígenas, é o assessor Especial dos Povos Indígenas, Zezinho Kaxinawá.
É a primeira vez que um filme acreano será exibido no festival. Durante o Berlinale, cerca de 400 filmes do mundo inteiro serão exibidos. O documentário foi produzido em 2008 e conta a história do povo Huni Kuin, com o apoio da Organização Não Governamental (ONG) Vídeos nas Aldeias.
“Além das imagens, nós conseguimos relatos de índios que viveram várias fases da história do nosso povo. O filme retrata nossa história, costumes e cultura em cinco tempos: da maloca, da ‘correria’, dos seringalistas, do cativeiro e dos direitos”, explica o autor.
Durante um ano, Zezinho e a equipe da ONG reuniram o material que resultou no documentário. A obra já conquistou dois prêmios nacionais: Menção Honrosa no “DOC BH”, em Minas Gerais, e o “Tatu de Ouro”, na Bahia. O documentário também já foi apresentado em festivais de cinema nos Estados Unidos, México e Alemanha.
No Acre, mais de dez mil índios são da etnia Huni Kuin e ocupam 12 terras indígenas, distribuídas em Tarauacá, Feijó, Jordão, Santa Rosa do Purus e Marechal Thaumaturgo.