A nova realidade da piscicultura no Acre

O complexo de piscicultura do Acre é o mais moderno do Brasil, formado por laboratório de alevinos, fábrica de ração e frigorífico (Foto: Sérgio Vale/Secom)
O Complexo de Piscicultura do Acre é o mais moderno do Brasil, formado por laboratório de alevinos, fábrica de ração e frigorífico (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Com o funcionamento em fase experimental do frigorífico do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia S.A. desde a última quinta-feira, 29, o Acre fica mais próximo da consolidação de seu projeto de piscicultura. Nesta semana o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, assinou convênio com o governo do Estado liberando R$ 5,8 milhões para auxiliar pequenos produtores na iniciativa.

Até o dia 25 queremos a produção regular para vender para todo o país e exportar

Governador Tião Viana

O novo convênio faz parte de um acordo de colaboração do Ministério da Pesca com ações de fomento à atividade no Acre firmado em 2013 no valor total de R$ 20 milhões. Já foram liberados R$ 7 milhões deste valor e agora, a nova liberação de R$ 5,8 milhões será destinada à construção de mais dois mil tanques de piscicultura para pequenos produtores em todo o Estado.

Na primeira gestão do governador Tião Viana foram construídos mais de cinco mil tanques de piscicultura. Se em 2011 a produção de peixes no Acre era de seis mil toneladas, em 2014 ela conseguiu chegar a quase 20 mil toneladas/ano.

O complexo mais moderno do Brasil

A produção acreana de pescado saltou de 6 mil toneladas em 2011 para quase 20 mil toneladas em 2014 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
A produção acreana de pescado saltou de seis mil toneladas em 2011 para quase 20 mil toneladas em 2014 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em sua visita ao Acre, o ministro Helder Barbalho falou da importância da consolidação do Complexo. “O Acre se consolida como uma referência de experiência em piscicultura. Este é um projeto que deve ser fortalecido e preservado. É um projeto que deve ser enxergado por todo o setor em nosso país”, disse Barbalho.

Instalada em uma área de 63 hectares, a Peixes da Amazônia S.A. começou a ser construída em 2011 e é formada por um laboratório de alevinos, fábrica de ração e frigorífico. O complexo possui investimentos de mais de R$ 100 milhões em uma parceria público/privada. E foi desenhado de forma que contemplasse pequenos e grandes produtores. A Central das Cooperativas, que conta com 3.500 produtores associados, é uma das acionistas ao lado de outros 15 grandes empresários e o governo estadual.

O laboratório de alevinos tem capacidade para produzir por ano dez milhões de surubins, dez milhões de tambaquis e piaus, além de 350 mil pirarucus. Já a fábrica de ração é a primeira no Brasil especializada em rações para peixes carnívoros. Ela tem uma capacidade de produzir de cinco a 10 toneladas/hora, dependendo do tipo de ração. Em um ano, este número pode passar de 40 mil toneladas. E o frigorífico – última etapa do complexo – terá capacidade para processar 70 toneladas de peixe por dia e 20 mil toneladas por ano.

Um novo momento

Falta apenas o frigorífico entrar em funcionamento completo para que uma nova realidade comece para a piscicultura acreana. “O laboratório de alevinos já está funcionando e se tornou autossuficiente, a unidade de ração já produz e comercializa e só falta o frigorífico. Até o dia 25 queremos a produção regular para vender para todo o país e exportar”, conta o governador Tião Viana.

O ministro Helder Barbalho também assinou um convênio de R$ 1,4 milhão com a prefeitura de Rio Branco para a construção do Mercado do Peixe. O espaço ficará junto da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa) e tem previsão de início das obras para o fim de janeiro e entrega em outubro, garantindo um grande ponto de comércio de pescado para o ano todo.

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