Reduzir a mortalidade infantil, dar suporte psicológico aos pais de bebês prematuros e que necessitem de cuidados especiais, são alguns dos objetivos da equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, que no início do mês recebeu a certificação do Ministério da Saúde para atuar como referência na atenção humanizada por meio do Método Canguru. Com o reconhecimento, o hospital também será multiplicador dos conceitos e práticas instituídas pela metodologia para disseminá-las a outros estados.
O Método Canguru consiste no contato pele a pele da mãe com o recém-nascido em substituição ao uso da incubadora. É destinado, principalmente, para bebês prematuros e de baixo peso. Nesse aspecto, a família que antes era apenas participante, pois somente a equipe médica era responsável pelos cuidados com a criança, passa a ser o principal meio de cura depois do vínculo estabelecido nos primeiros contatos.
“A família é um fator preponderante para a redução do estresse do bebê e aumenta as possibilidades de cura. Por isso, primeiramente nós oferecemos o suporte emocional necessário para os pais que geralmente também não estão preparados no seu psicológico para o nascimento prematuro do filho”, explica a psicóloga e coordenadora estadual do Método Canguru, Silvane Chaves.
Para certificar o estado, o Ministério da Saúde adotou critérios que vão desde o ambiente hospitalar à capacitação dos profissionais. Periodicamente, o hospital recebe a visita de técnicos que fiscalizam e geram relatórios.
Isabele Vitória nasceu aos sete meses, com 1,350 kg. A mãe, Idelci Magalhães, já tinha outros filhos, e conta que a última gestação foi a mais complicada. “Eu sofri muito, vivia passando mal. Os médicos alertaram que ela podia nascer antes do tempo e desenvolver muitos problemas. Agora, ter minha filha assim no meu colo é um alívio muito grande”, diz Idelci, emocionada.