O 2° Sarau Indígena do Centro Socioeducativo (CS) Feijó foi realizado na tarde desta terça-feira, 29, para 26 adolescentes em conflito com a lei. Dança, música, fantoches, poesia e teatro marcaram o evento, que contou com a participação das etnias Kashinawa e Shanenawa.
Atualmente, a unidade atende três adolescentes indígenas. Por isso, a direção busca resgatar os vínculos de convivência culturais desses jovens que se encontram em cumprimento de medidas. A atividade visa também propagar a vivência e a valorização do patrimônio sociocultural de outros povos, estimulando-os em seu desenvolvimento.
Familiares, Defesa Civil, Centro de Referência Especializado de Assistência Social e a Coordenação Indígena do Núcleo de Educação de Feijó estiverem presentes durante as apresentações.
De acordo com a diretora da unidade, Dorotéia Rodrigues, os adolescentes, a equipe de servidores e o Instituto Socioeducativo (ISE) contribuíram para que o Sarau fosse realizado conforme planejado. “Tudo foi arquitetado nos mínimos detalhes. A ornamentação foi toda natural. Buscamos servir lanches mais regionais. E o resultado foi um sucesso. Com isso, contribuímos para a saúde mental dos adolescentes”, destaca.
Segundo o presidente do ISE, Leonardo Carvalho, há uma necessidade de se trabalhar a cultura dentro dos centros. “Atividades como essa resgatam a nossa história e nossa origem. Vale ressaltar que o conceito de cidadania cultural significa também garantir que qualquer cidadão, inclusive o adolescente privado de liberdade, tenha a possibilidade de ser produto e produtor de cultura. Portanto, o sarau é uma forma de ligação entre o eu interior e a palavra”, afirma.
