APA do Amapá define seu plano de gestão

Potencial turístico, preservação ambiental e alternativas produtivas são os pontos fortes desse documento legal

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Lideranças comunitárias participaram da reunião para elaboração do Plano de Gestão (Foto: Sismat Assessoria)

Como projeto precursor, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago do Amapá definiu na semana passada o seu plano de gestão. Esse é o primeiro plano de gestão para uma área protegida no Acre e ele foi elaborado conjuntamente entre órgãos governamentais e representantes locais da área, com apoio de consultores. Em acordo foram criadas normas que visam a conservação ambiental.

"Foram consideradas principalmente as atividades produtivas, para que elas tenham na sua essência a sustentabilidade, mas sem esquecer a biodiversidade e a proteção ao meio ambiente, razão pela qual esse local é uma APA", explica o consultor Roberto Antonelli.

No local está situado o Lago do Amapá, a oito quilômetros do centro da capital acreana, compreendendo uma área de aproximadamente quatro mil metros de extensão. As áreas de proteção ambiental pertencem ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação, regulado pela lei 9.985, de 18 de julho de 2000, e o órgão gestor da APA do Amapá é a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

"O plano é um documento legal para essa área. E o interessante foi que, mesmo sendo construídas em conjunto, as propostas de preservação tiveram o mesmo peso e atenção que as propostas de uso, o que deixa claro que a população tem consciência ambiental e eles mesmos cobram e esperam que seja garantida a preservação do Lago do Amapá", explica a técnica do Departamento de Áreas Protegidas e Biodiversidade da Sema Jakeline Pinheiro.

Fazer a gestão do local exige que todos os envolvidos nessa tarefa estejam cientes da realidade do Lago do Amapá. Então, primeiramente, foi feito um zoneamento da APA, por meio de formulários, na qual foram levantados os dados sobre o meio físico e a realidade socioeconômica. Agora a APA vivencia a segunda fase desse processo, em que são avaliados pelos pesquisadores esses dados e em visitas a campo são definidas as áreas principais de interesse de conservação e de uso pela presença humana.

Suprir as necessidades ambientais e sociais foi o alicerce do plano, e com o sentimento de dever cumprido o morador da APA Theodoro Quintela conta que sente que está contribuindo para que as novas gerações possam viver bem. "Eu luto para que os nossos filhos tenham autoestima e que não sejam coitadinhos por causa do lago, mas frutos de nossas conquistas", declarou.

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