Tião Viana define junto ao Dnit nova logística para transporte pela BR-364

Interdição se dá devido ao aumento da lâmina d‘água sobre a pista (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Interdição se dá devido ao aumento da lâmina d‘água sobre a pista (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Ao chegar de sua visita a Rondônia, o governador do Acre, Tião Viana, concedeu entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta-feira, 20, para informar à população que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) decidiu, por questões de segurança, suspender temporariamente o tráfego na BR-364, nos trechos entre os quilômetros 868 e 862 da rodovia, localizados em Rondônia.

Reunido com empresários de diversos setores do Estado, Tião Viana explica que a interdição se dá devido ao aumento da lâmina d‘água sobre a pista, que nesta quinta-feira chegou a medir 1,40 metro.

“Acre e Rondônia vivem um momento muito delicado. Fomos levar nossa solidariedade a Rondônia e tratar do que nos afeta diretamente, que é a BR-364. A estrada está interrompida, a partir de hoje, e só voltará a permitir a trafegabilidade quando houver um acesso por balsa em dois trechos críticos: na região de Jaci-Paraná, em torno de 2,5 quilômetros, e outro na Velha Mutum, que apresenta um trecho de 16 quilômetros inundados”, declarou.

Em reunião com o governador Confúcio Moura, Tião Viana disse que foram tratadas todas as alternativas para manter a região do oeste rondoniense e do Acre abastecido. “O prejuízo estimado pela prefeitura e pelo governador de Rondônia já é de mais de R$ 1 bilhão. O Rio Madeira segue enchendo e, na última medição, estava em 19,35 metros, quando o limite estimado pelo governador Confúcio era de 19,20 metros. Ou seja, estamos além dos limites de expectativa deles”, completou.

Rotas alternativas

Segundo o governador, a Usina Hidrelétrica de Jirau realiza o trabalho de manter a trafegabilidade na região. “Há um trabalho permanente dos engenheiros, que estão fazendo um acesso de três quilômetros e outro de cerca de cinco quilômetros na usina, como alternativa na região da Ponte do Caracol, e um porto da hidroelétrica de Santo Antônio, em Jaci-Paraná, nos permitirá que os caminhões façam o tráfego passando pelo acesso da Usina de Jirau, na Velha Mutum”, explicou.

"Se eu pudesse dar um conselho, sugeriria que ninguém trafegasse nessa estrada inundada. Não há condições com esse nível das águas", disse Tião Viana (Foto: Pedro Devani/Secom)
“Se eu pudesse dar um conselho, sugeriria que ninguém trafegasse nessa estrada inundada. Não há condições com esse nível das águas”, disse Tião Viana (Foto: Pedro Devani/Secom)

Os empresários da balsa do Abunã farão um novo acesso para garantir o transporte dos caminhões até o Acre. Para isso, o governo local gastará cerca de R$ 1,2 milhão para assegurar o tráfego desses veículos, em uma fase de 30 dias, a partir da próxima segunda-feira, 24.

Aflição de quem está na estrada

Na entrevista, o governador relatou à imprensa que, ao fazer sobrevoo e vistoria por terra sobre as áreas inundadas da rodovia, encontrou dezenas de caminhoneiros e pessoas que estavam aflitas com a situação de isolamento. “Em todo esse tempo tivemos o apoio da PRF e do Dnit. O ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e a presidente Dilma Rousseff também estão nos prestando todo apoio neste momento crítico”, observou.

De acordo com Tião Viana, o governo acreano já enviou caminhões e máquinas para a região da Velha Mutum, que transportam insumos para auxiliar na contenção dos danos formados na pista. O Dnit já iniciou um acesso do Rio Abunã, porque não há mais como os caminhões chegarem ao Rio Madeira, devido à proporção da enchente.

“Toda a população de caminhoneiros que estava na Velha Mutum se deslocou para o Abunã e, dali, só devem sair quando a estrada for reaberta, que estimamos seja na segunda-feira. Se eu pudesse dar um conselho, sugeriria que ninguém trafegasse nessa estrada inundada. Não há condições com esse nível das águas”, afirmou.

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