Pelo segundo ano consecutivo, prefeitura de Rio Branco, Governo Estadual e sociedade acreana se envolvem na maior mobilização coletiva da atualidade em defesa do meio ambiente
O Governo do Estado do Acre e a Prefeitura de Rio Branco confirmaram a participação no movimento Hora do Planeta 2010. Entre 20h30 e 21h30 do próximo sábado, 27 de março, as luzes do Palácio Rio Branco e do Horto Florestal serão apagadas. Espera-se também que milhares de famílias acreanas participem da mobilização mundial, apagando as luzes de suas casas, participando do movimento de alerta contra o aquecimento global promovido em todo o mundo pelo WWF.
“Essa é uma ação simbólica que mostra a importância de uma união em prol da questão ambiental. O Governo do Acre vem nos últimos três anos fazendo uma estratégia de gestão voltada para o desenvolvimento sustentável, investindo em uma economia de baixo carbono e redução do desmatamento. Portanto, queremos deixar a mensagem que é possível garantir a preservação da floresta e dos recursos naturais, desde que todos façam sua parte”, avalia o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Eufran Amaral.
De acordo com Alberto Tavares (Dande), líder do escritório do WWF-Brasil no Acre, a população acreana estará envolvida em uma mobilização de proporções planetárias, que deve envolver 1 bilhão de pessoas este ano. “O Acre vai mostrar para o mundo, com o simples gesto de apagar as luzes por uma hora, que está preocupado com o aquecimento global e com a conservação das florestas”, resume Dande.
O aquecimento global é uma crise real e sem precedentes. É sabido que os gases que, acumulados, geram o efeito estufa, ajudam a garantir a vida na Terra, mantendo níveis de calor necessários à sobrevivência humana. O grande problema é quando o balanço destes gases é modificado a partir de atitudes provocadas pela ação humana. Com isso, perde-se o equilíbrio e as quantidades de calor chegam a índices muito elevados.
Os últimos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) das Nações Unidas afirmam, com 90% de certeza, que o ser humano é responsável pela concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. É neste contexto que está inserida a Hora do Planeta, movimento mundial de alerta às causas e consequências das mudanças climáticas.
A proposta é simples: pede-se que o maior número possível de pessoas, empresas, organizações, cidades e países apaguem as luzes durante 60 minutos, entre 20h30 e 21h30, no dia 27 de março. Trata-se de um gesto simbólico, que busca alertar a sociedade para a crítica situação do aquecimento global e do desmatamento.
Em cada país, a Hora do Planeta ganha contornos especiais, de acordo com as características e desafios ambientais locais. Aqui no Brasil, além da questão das mudanças climáticas, o foco do movimento é também a conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos e a busca pelo desmatamento zero. Em 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, o país ainda convive com o risco de mudanças no Código Florestal Brasileiro, uma lei que preconiza a manutenção de áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais.
É importante ressaltar que, no Brasil, o desmatamento responde por mais de 50% das emissões de gases de efeito estufa. Isso aumenta ainda mais a importância de um estado como o Acre, localizado na Amazônia e comprometido com a economia de baixo carbono e construção de um modelo de desenvolvimento baseado na sustentabilidade, participar da Hora do Planeta.
A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times Square, além do Cristo Redentor, ficaram uma hora no escuro. Na capital acreana, o Palácio Rio Branco e o Horto Florestal foram apagados, além de centenas de residências.
Confira o Vídeo :
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