A Fundação Elias Mansour (FEM) lançou o Prêmio de Culturas Indígenas 2014, nesta quarta-feira, 26, na sede da Assessoria dos Povos Indígenas (antigo kaxinawá). A solenidade contou com a presença da presidente da FEM, Karla Martins, assessor para assuntos indígenas, Zezinho Yube, lideranças dos povos no Acre, e membros do Conselho Estadual de Cultura (Concultura).
O objetivo é premiar iniciativas culturais já realizadas ou em fase de execução nas comunidades indígenas localizadas no Acre. Aberto até o dia 30 de abril de 2014, o edital poderá ser acessado no www.cultura.ac.gov.br.
“O prêmio fomentará ações que fortalecem as expressões culturais. Os rios são largos e os ‘tambores digitais’ irão soar nos lugares mais distantes. A iniciativa do governo do Estado é estimular a participação efetiva dos povos indígenas nas políticas públicas”, disse Karla Martins.
O valor para a terceira edição é de R$ 300 mil, custeados pelo governo do Acre, por meio do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura).
“Divulgaremos em várias aldeias, encontros, e outros espaços para que as comunidades indígenas escrevam seus projetos, ampliando o acesso aos bens culturais”
Zezinho Yube, assessor indígena.
Para Josias Pereira Kaxinawá, presidente da Associação do Movimento de Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre, o prêmio estimula o aprendizado entre os povos. “Precisamos incentivar nossos jovens a olharem para a nossa cultura, com uma visão no passado, presente e o futuro. O prêmio é um incentivo para as novas gerações”, disse.
O cineasta Nilson Saboia Kaxinawá, premiado em edição nacional e estadual, se prepara para escrever seu mais novo projeto no edital. “Será a oportunidade de trabalhar a pesquisa na área do audiovisual, que trata dos índios isolados”, revelou.
