Acervo conta a história do Acre por meio da música
A Polícia Militar do Acre, em parceria com a Associação dos Militares (Ameac), Fundação Elias Mansour e Museu da Borracha, concluiu o projeto Memória Digital com a entrega de partituras de compositores acreanos restauradas. O projeto traz a possibilidade de preservação dos originais do acervo, que foram todos impressos e encadernados, podendo ser manuseados, evitando o uso excessivo dos originais, que danifica as obras centenárias. O evento foi realizado nesta sexta-feira, 8, no quartel da Polícia Militar.
A história das obras vem desde 1916, quando surgiu a primeira banda de música do Estado. Criada e mantida pela prefeitura do Alto Acre, contava com apenas 18 músicos e quase nenhuma composição para ser interpretada. A principal vantagem da restauração é a maior utilização das obras por estudantes e músicos.
O evento contou com a participação da banda da Polícia Militar, que tocou três das 40 composições incluídas no projeto. Estão presentes obras de compositores como Antonio Lira de Macedo, Edoard Morais, J. Simplício e Mozart Donizete. A banda hoje conta com uma média de 38 músicos.
Para o sargento da banda José Roberto, esse trabalho é só o início para a resturação do restante das obras. O revisor das partituras, cabo-músico Marcos Tadeu Soares, a história dos compositores acreanos está sendo resgatada, e as obras que recebem prioridade são as que se encontram em pior estado de conservação.
O presidente em exercício da Fundação Elias Mansour, Assis Pereira, contou que o Governo do Estado realiza um grande esforço de preservar a cultura acreana, e com a música não poderia ser diferente. " É necessário um trabalho para resgatar a criatividade do passado, pois a cultura é algo que recebemos, refletimos e produzimos", completou Assis.
O projeto Memória Digital permite a real conservação e acesso a esse acervo, reestruturando e divulgando a história e cultura musical do povo acreano.