A Defesa Civil Estadual informou que o Rio Acre continua acima de sua cota de transbordamento. Na manhã desta sexta-feira, 10, o rio que corta a capital do Estado marcou 14,64 metros. Só nas últimas 24 horas ele subiu um centímetro e apenas uma família foi retirada. Já nos bairros atingidos pela cheia, 47 famílias estão desabrigadas e foram alojadas no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.
O monitoramento do rio é feito permanentemente pela equipe da Defesa Civil, que também informou que o Igarapé São Francisco, embora tenha baixado o nível de suas águas, desabrigou 20 famílias da região da Sapolândia. Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros e coordenador municipal de Defesa Civil, Gilvan Vasconcelos, essas famílias devem sair do abrigo onde estão – um galpão no Distrito Industrial – ainda nesta sexta-feira e poderão retornar para suas casas.
As 173 pessoas abrigadas no Parque de Exposições estão recebendo todo o apoio da prefeitura de Rio Branco em parceria com o governo do Estado. Os desabrigados recebem café da manhã, almoço e jantar, posto de saúde, banheiros separados, segurança e canil, além do cadastramento das famílias de área de risco para receber o Aluguel Social.
Ainda segundo o coronel Gilvan, nenhuma família que vá desacompanhada pelas equipes de monitoramento será recebida no Parque de Exposições. É necessário que as famílias atingidas pela cheia do Rio Acre acionem o Corpo de Bombeiros através do número de telefone 190 e solicitem ajuda.
Aluguel Social
Uma das medidas tomadas a partir de 2011 que reduziu bastante o número de pessoas atingidas pela cheia do rio foi o aluguel social. Quando o Rio Acre sobe, os primeiros bairros atingidos são o Seis de Agosto e o Ayrton Senna. No ano passado, 96 famílias foram retiradas de áreas de risco no bairro Seis de Agosto e 40 no Ayrton Senna.
Se essas famílias ainda estivessem morando em áreas de risco, todas elas estariam nesse momento somadas às 47 que estão no Parque de Exposições. O coronel Gilvan ressaltou que muitas das famílias que passaram pelo abrigo montado pela prefeitura em janeiro também foram cadastradas no programa do Aluguel Social. Elas foram para novas residências e tiveram suas casas antigas desmanchadas.
Para a Defesa Civil, o nível do rio continua preocupante. Se continuar a subir, as águas chegarão a outros bairros como o Taquari, onde algumas famílias já estão sendo monitoradas e retiradas, como Francisca de Souza, que chegou no abrigo do Parque nesta quinta-feira, 9, com os três filhos. Enquanto dá banho no filho mais novo, Davi Lucas, Francisca conta que teve de sair, mas aqui está tudo bem. Não está altando nada.”