A arqueóloga Denise Schaan, pesquisadora do Museu Emílio Goeldi, visitou neste final de semana os geoglifos da Estrada de Boca do Acre para elaboração do plano de manejo destinado à regular a visitação pública nos sítios arqueológicos que ocorrem naquela região. O objetivo é a construção de torres de observação, sinalização e quiosques com informações sobre os geoglifos.
O plano foi solicitado pela Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer a partir de sugestão do pesquisador Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre. Ranzi acredita que o turismo, além da possibilidade de renda e trabalho, ajuda na preservação do patrimônio. O relatório deverá apresentar recomendações gerais sobre os impactos que a visitação poderá gerar nos sítios, definindo locais de circulação de pessoas e outras informações.
Schaan debate com órgãos do Governo do Estado, como a Fundação Elias Mansour, a publicação do livro “A arqueologia da Amazônia Ocidental: os geoglifos do Acre”, de cerca de 250 páginas contendo artigos elaborados ao longos dos últimos anos por ela, Ranzi e Martti Pärssinen. O livro deve ser lançado no começo do ano que vem.
Os estudos sobre os geoglifos avançam. Com a construção do laboratório de arqueologia da Ufac, que entra em breve em funcionamento, será possível avaliar os fragmentos de cerâmica e carvão encontrados nos geoglifos, ainda um mistério para a ciência.
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