Produtores familiares de Bujari, Senador Guiomard e Vila Campinas estão realizando o primeiro plantio mecanizado de mandioca no Estado. A experiência está sendo feita com máquina plantadeira adquirida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
A produção mecanizada da mandioca já está sendo testada nos municípios de Bujari, Senador Guiomard e Vila Campinas. Serão priorizadas as propriedades em torno de casas de farinha, pequenos empreendimentos estimulados pelo governo do Estado para projetar importantes impactos na economia comunitária.
O projeto de construção das casas de farinha no Acre começou em julho de 2008, com financiamento do Programa Trabalho e Cidadania, da Fundação Banco do Brasil. A construção de 102 casas de farinha prevê um investimento de R$ 2,4 milhões. As cidades beneficiadas pelo projeto são Assis Brasil, Bujari, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Xapuri, Brasileia, Senador Guiomard, Sena Madureira, Rio Branco, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Plácido de Castro e Porto Acre.
“É um projeto de longo prazo. Primeiro a construção das casas de farinha modernizadas, em seguida a mecanização, com destoca e aradagem de dois hectares por propriedade para plantio da mandioca. Mas o objetivo é mecanizar todo o processo da cultura”, explica o secretário da Seaprof, Lourival Marques.
O chefe da Divisão de Grãos e Mandioca, Hermes Pereira da Costa, explica que o ideal é que para cada casa de farinha haja cerca de 30 hectares plantados com mandioca. “Dessa forma teremos matéria-prima suficiente para o trabalho nas casas de farinha”, explica.
Ainda segundo o técnico, o trabalho realizado por uma plantadeira acelera de forma significativa essa fase, além de baratear os custos. A máquina corta a raiz (maniva), abre a cova, planta a raiz e fecha a cova, tudo em questão de segundos. Um dos grandes objetivos do investimento é o aumento da produtividade. “Com a máquina é possível plantar um hectare em uma hora”, garante.