Em passagem por São Paulo, o governador Tião Viana participou do programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar na segunda-feira, 12, às 20 horas (horário local). Entre os principais assuntos abordados, o governador falou sobre as cheias que atingiram a Região Norte do país e a situação de imigrantes haitianos e de outras nacionalidades que chegam ao Brasil pelo Acre.
Sendo um dos mais bem prestigiados programas de entrevista do país, o Roda Viva consiste em vários jornalistas de grandes empresas de comunicação sabatinando um único entrevistado por uma hora e meia. Participaram da bancada desta edição: Vera Magalhães, editora do Painel do jornal Folha de S. Paulo; Roseann Kennedy, comentarista da rádio CBN; Diego Zanchetta, repórter do jornal O Estado de S. Paulo; Germano Oliveira, repórter especial do jornal O Globo; e Mariana Zylberkan, repórter do site da revista Veja. O Roda Viva ainda conta com a participação do cartunista Paulo Caruso.
No primeiro bloco, Tião Viana foi questionado sobre o movimento de imigração dos haitianos e povos africanos, principalmente para esclarecer toda a polêmica envolvida na ida de parte deles para São Paulo. O governador lembrou que já passarem pelo Acre mais de 21 mil imigrantes e que não entende a crise gerada em São Paulo com um contingente de 138 pessoas. Ele lembrou que sempre fez de tudo pelos imigrantes, mas o isolamento do Rio Madeira agravou o problema. São Paulo foi o destino escolhido pelos próprios haitianos.
Já no segundo bloco, o governador lamentou que a imigração que transforma o Acre em porta de entrada para haitianos e africanos tenha acabado se tornando uma questão política, e defendeu que a questão migratória seja absorvida e coordenada pelo governo federal. Por ser do Partido dos Trabalhadores (PT), o mesmo da presidenta Dilma Rousseff, Tião foi bastante questionado sobre a movimentação política nacional, principalmente na preparação do partido perante as eleições presidenciais.
Nos três blocos seguintes, Tião deu um panorama das cheias que atingiram o Acre, principalmente do isolamento do estado causado pela cheia do Rio Madeira, maior desastre da Amazônia Ocidental. Ao falar sobre corrupção, afirmou que seu partido não pactua com a compra de votos e irregularidades e que são feitas auditorias semestrais nos órgãos de seu governo. Lembrou que antes de sua aliança política assumir o estado, os investimentos eram de apenas 1,82% – hoje chegam a 35%.