O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) destaca o potencial de desenvolvimento sustentável e do agronegócio de baixas emissões sem perder de vista os pactos de sustentabilidade e limites de conservação.
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Acre, que está na terceira fase de elaboração, foi pauta de duas importantes reuniões ocorridas nesta última semana. Na terça, 23, foi destaque em um painel apresentado no 21º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. Já na quinta, 24, durante a reunião ordinária da Comissão Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico (CEZEE), foram apresentados os resultados da elaboração do novo mapa de gestão territorial.
O ZEE é o principal instrumento de planejamento e gestão territorial do Estado e de acordo com a diretora-executiva da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Vera Reis Brown, a elaboração do Mapa de Gestão Territorial do ZEE-AC Fase III tomou como referência a nova base fundiária e as informações socioeconômicas, incluindo a descrição detalhada de zonas, subzonas e unidades de manejo, inclusive contemplando o agronegócio.
“A nova versão do ZEE do Acre evidencia a importância de fortalecer o potencial de desenvolvimento sustentável e do agronegócio de baixas emissões sem perder de vista os pactos de sustentabilidade e limites de conservação, se adequando aos novos cenários que se projetam para o Estado, alinhados a estratégias regionais, nacionais e internacionais de desenvolvimento”, disse Vera Brown.
Durante as atividades do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, que ocorreu nos dias 23 e 24 e se encerra no dia 29 de setembro, os representantes do Acre entregaram a nota conceitual “Integração dos Zoneamentos Ecológicos-Econômicos da Amazônia Legal”, elaborada pelo governo do Estado, por meio da Sema, com a colaboração de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Acre).
O avanço na elaboração do ZEE do Acre colocou o estado em papel de destaque, coordenando o processo de integração dos ZEEs de todos os estados da Amazônia Legal. O objetivo desse trabalho de integração, realizado pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, é contribuir com a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia.
O Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, oficializado em março de 2019, reúne nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Tem como objetivo transformar a Amazônia Legal em uma região competitiva, integrada e sustentável, a partir da resolução conjunta de problemas complexos e comuns a todos os membros.
Desde a criação deste consórcio, governadores e secretários estaduais se reúnem a cada quatro meses para dar andamento a projetos e ações, sobre temas como Meio Ambiente, Comunicação Pública, Segurança, Saúde, Educação e Gestão Fiscal e Tributária. Os assuntos são discutidos em nove câmaras temáticas, que reúnem o secretariado de todos os estados para pensar estratégias sobre cada tema, a fim de viabilizar benefícios coletivos.