César Farias comemora os 10 anos do seu personagem Zé Jarina com o lançamento do álbum ‘Cadê o Ovo’, uma nova coleção de biojoias, e ainda a exposição da cartilha ‘A Peleja do Zé Jarina’. O evento será apresentado no dia 20, a partir das 20 horas, no Teatro de Arena do Sesc. A direção é de Regina Cláudia, além da produção ao lado de Raul Camargo.
Os músicos Geraldinho (violão), André Dantas (acordeom), Paulinho Nobre (bateria) e Messias Ferreira (baixo) fazem parte da banda de apoio, que também deve acompanhar a participação das cantoras Kelen Mendes e Larissa Pontes no show.
Um trabalho ousado, com referência de figuras reais e fictícias que remetem à vivência do acreano e ainda agrega a cultura nordestina, por meio do cordel, que também serve de influência para reavivar as raízes do artista e enobrecer as suas composições.
O projeto foi aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura da Fundação Elias Mansour (FEM) e conta com a parceria do Sesc. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudante).
O contador de histórias
Uma das mais conhecidas é sobre a saga da descoberta das sementes amazônicas, a matéria-prima para a confecção de biojoias. O produto causou uma mudança no mercado pelo acabamento exclusivo das peças e hoje garante o sustento de centenas de famílias que moram no Estado. O responsável por essa revolução foi o próprio César Farias. Ele, então, decidiu dar vida a Zé Jarina para fugir do tradicional e contar essas e outras histórias. “Criei o personagem com esse intuito de divulgar o meu trabalho, o trabalho de César Farias como artesão”, diz ele.
Itaú Cultural/Rumos Música
Em breve Zé Jarina vai experimentar novas propostas. Foi um dos dois únicos selecionados pelo programa ‘Itaú Cultural Rumos Música Coletivo’ e agora integra o ‘Quinteto Mujangué’, com a possibilidade de cantar as coisas do Acre para outros públicos. A estreia será no dia 26 de abril no Itaú Cultural em São Paulo.
O grupo é formado por Chico Correa (guitarra e programação), Antônio Loureiro (vibrafone), Arismar do Espírito Santo (bateria guitarra e piano) e Tiago de Moura (guitarra). Cada um representa diferentes sotaques do país: Acre, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Quando recebeu a notícia, César Farias nem acreditou. Era um dia de muito trabalho e tudo estava dando errado, inclusive o carro tinha acabado de quebrar. A resposta foi um “ah, tá bom, vai tomar no …” por telefone mesmo.
Em seguida ele recebe uma nova chamada e o visor do celular indica que o DDD era de longe, São Paulo. Vixi! Ele então se deu conta de que não era brincadeira. A ligação anterior era de Edson Natale, o gerente do Núcleo de Música do Itaú Cultural, que havia ligado pessoalmente para dar os parabéns.
César: “Alô!”
Natale: “Por favor, o senhor César Farias”
César: “Sim, sou eu”
Natale: “O senhor foi selecionado para participar do programa Rumos Música”
César: “Pelo amor de Deus, me desculpa! Eu achei a voz parecida com a do meu baixista e desliguei achando que era trote”.
Depois de tudo esclarecido, hoje o episódio do ‘telefonema’ virou apenas mais uma história para contar aos amigos e fazer rir.
“O meu maior medo, no meio de tanto músico famoso, era por eu não ser instrumentista, um deles foi até produtor da Elis Regina. Pensei… Onde foi que eu me meti? Mas logo o Natale me tranquilizou dizendo que eu não precisava ficar preocupado porque tinha colocado os melhores músicos do Brasil para me acompanhar. Ele disse que aposta muito em mim”, conta.
