O nível das águas do Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e atingiu algumas residências. O governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil e instituições parceiras, disponibiliza a estrutura do Parque de Exposições para abrigar as vítimas da enchente.
Atualmente, cinco famílias moradoras dos bairros Ayrton Senna e Base estão alojadas no local. O parque tem capacidade para abrigar 160 famílias, podendo aumentar esse número conforme a demanda. Até esta terça-feira, 20, a inundação havia sido registrado nos bairros Base, Baixada da Habitasa, Ayrton Senna e Seis de Agosto. Porém, o manancial segue em vazante e até as 15:00 horas registrava 14,15 metros, 10 centímetros a menos que o registrado às 6:00 da manhã de hoje.
Saúde, assistência social, alimentação, recreação para as crianças e segurança são alguns dos serviços oferecidos às famílias abrigadas. A dona de casa Maria de Lourdes Brito teve o quintal alagado e está no local há dois dias. “É muito ruim ter que sair de casa com meus filhos, mas pelo menos a gente está tendo esse apoio, não tinha outro lugar pra ir”, disse.
Cada família que é levada ao parque passa por uma avaliação junto à assistente social para garantir o acompanhamento das equipes dentro do espaço e depois retornarem para casa.
“Nós disponibilizamos a alimentação e os atendimentos básicos e necessários a essas pessoas, graças ao esforço do governo e do prefeito Marcos Alexandre. Queremos garantir a dignidade dessas pessoas que são vitimas das inundações”, declarou a secretária de Assistência Social de Rio Branco, Dora Araújo.
A doméstica Ana Maria Venâncio está no abrigo com o marido e as duas filhas. “Não sei quando vou voltar para casa. Só estou pensando nos meus bichos, que morreram. Ainda bem que a gente tem esse lugar para ficar. Agradeço muito a Deus.”
Nos locais alagados, a Defesa Civil orienta sobre alguns cuidados necessários, como evitar contato com água contaminada, observar se há a presença de animais peçonhentos, levando em consideração o período em que eles procuram abrigos em locais secos, e sobre o risco de choque na utilização de materiais elétricos em contato com a água.
Segundo a Defesa Civil, 73% das previsões de chuvas ocorrem entre o fim de fevereiro e o início de março. “Com essa probabilidade de chuvas, estamos preparando toda a estrutura aqui no parque para atender aos desabrigados”, ressalta o coordenador da Defesa Civil em Rio Branco, coronel George Santos.
