Vigilância Epidemiológica trabalha no combate à leptospirose

Febre, dor de cabeça e mal-estar, conjuntivite, vômitos, calafrios e alteração do volume urinário são alguns dos sintomas da doença

Veja também: Secretário Adjunto de Saúde faz um alerta sobre a dengue

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Adriana Evangelista alerta a população para evitar contato com a água contaminada (Foto Gleilson Miranda / Secom)

A Secretaria de Estado de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica, orienta a população para ficar atenta aos sintomas de mais um tipo de doença típica desta época do ano. Trata-se da leptospirose, uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira interrogans.

De acordo com a gerente estadual da Difusão de Vigilância Epidemiológica, Adriana Evangelista, a transmissão da leptospirose ocorre através da exposição direta ou indireta à urina de ratos infectados. A bactéria eliminada pelo roedor penetra no homem através da pele, olhos, nariz e boca. Outra forma de contágio acontece por meio da falta de higienização nas latinhas de refrigerante, por exemplo. O período entre o contato com a urina contaminada e o início dos primeiros sintomas varia de 1 a 30 dias.

Os profissionais de saúde estão sendo orientados para que notifiquem os casos suspeitos à Vigilância Epidemiológica e façam um diagnóstico diferenciado, já que muitas vezes os sintomas são confundidos com dengue ou viroses. O material sorológico coletado é enviado ao Laboratório Central (Lacen). “O diagnóstico precoce garante 60% de possibilidade de cura”, destacou a gerente.

Os principais sintomas da leptospirose são febre de início súbito, dor de cabeça e mal-estar, associados a um ou mais dos seguintes sinais: conjuntivite, vômitos e náuseas, calafrios, e alteração do volume urinário.

No Acre, o maior surto da doença aconteceu em 2006 em razão das enchentes, quando foram confirmados 482 casos. No ano seguinte as ações preventivas e o esforço das equipes de saúde estadual e municipal permitiram a notificação de 64 casos suspeitos de leptospirose, sendo confirmados 24, com duas mortes. Em 2008 foram notificados 107 casos suspeitos, com a confirmação de 33 pessoas e quatro mortes. Já neste ano foram registrados nove casos suspeitos. A Vigilância Epidemiológica está analisando os exames, e os resultados devem ser obtidos nos próximos dias.

{xtypo_rounded2}Cuidados para população:

  • Evitar contato, direto com águas de enxurradas, lama de enchentes, e se for o caso utilizar medidas de proteção individual como uso de luvas e botas
  • Limpeza e desinfecção de áreas domiciliares potencialmente contaminadas, com solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (equivalente a 1 copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água)
  • Utilizar água potável, filtrada, fervida ou clorada e manter os recipientes tampados
  • Não jogar lixo nos fundos de quintais e igarapés, pois estes se tornem abrigos e fornecem alimentos para os ratos
  • Não deixar crianças brincando em locais alagados ou que tenham lixo acumulado
  • Acondicionar corretamente os alimentos, em locais fechados e descartar os alimentos que entraram em contato com ratos
  • Lavar com água e sabão todos os enlatados comprados, bem como latas de refrigerante
  • Em caso de apresentar algum dos sintomas da doença procurar imediatamente um serviço de saúde

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