Como o tema “Mulheres negras movimentam o Acre na busca do bem viver”, teve início nesta segunda-feira, 16, a VI Quinzena da Mulher Negra, que contou com a presença de gestores, militantes dos direitos humanos, sociedade civil e diversas lideranças do estado. O evento, realizado no auditório da Biblioteca Pública, em Rio Branco, foi elaborado pela Associação das Mulheres Negras do Acre, com apoio de instituições parceiras.
Serão quinze dias de atividades realizadas em Rio Branco e também no interior do estado em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra, comemorado em 25 de julho. Na data está previsto o primeiro encontro estadual de mulheres negras do Acre.
Na abertura do evento, a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, lançou o Plano Municipal de Igualdade Racial, que tem por objetivo geral estabelecer políticas com ações permanentes, sendo incorporada uma agenda pública reconhecendo as demandas específicas da população afrodescendente e povos indígenas residentes na cidade de Rio Branco.
A secretária adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elza Lopes, considera o plano uma conquista de toda a sociedade de Rio Branco. “Para nós é um marco importante. Nos quinze dias de ativismo, estaremos apresentando nossa bandeira de luta de promoção de igualdade de direitos sociais, além do lançamento do plano municipal de igualdade racial, que é uma conquista de todos nós”, disse.
A programação segue até 31 deste mês, com atividades em Rio Branco e outras cidades acreanas, incluindo palestras, capacitações, oficinas, rodas de conversa, mostra de filmes, exposições e outras.
“Estamos promovendo debates e reflexões sobre a situação de vulnerabilidade da mulher negra na América Latina. Vamos percorrer alguns municípios acreanos e queremos envolver não apenas a população negra, mas toda a sociedade, com ações voltadas à política de promoção da igualdade racial, e contamos com a participação de todos”, destacou a chefe do Departamento de Promoção de Igualdade Racial, Almerinda Cunha.
Ainda de acordo com Almerinda, a população negra representa 53% dos brasileiros. Esses lutam para eliminar desigualdades e discriminações, e em se tratando de gênero, o abismo é ainda maior. Apesar da baixa representatividade de mulheres negras na política e em cargos de poder e de decisão, cada ascensão deve ser comemorada como reconhecimento.
