Participam do encontro ribeirinhos, colonos, indígenas e também extrativistas
O V Encontro de Manejadores da Fauna Silvestre, que será realizado de 27 a 29 de agosto, no auditório da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (SEAPROF) é um momento de troca de experiências que envolvem o saber tradicional e o saber científico. Reunirá colonos, ribeirinhos, indígenas, assentados da reforma agrária e extrativistas para discutir sobre manejo, reprodução e sanidade dos animais silvestres criados em regime de semi-confinamento e os manejados na natureza.
O primeiro evento foi realizado em 2003, no seringal Cachoeira em Xapuri, o segundo encontro em 2004, no seringal São Salvador em Mâncio Lima, e os dois últimos, 2005 e 2006, em Rio Branco.
A cada Encontro fica evidente que, principalmente devido as grandes distâncias, esta é a forma mais viável de oportunizar a troca de experiências entre as populações tradicionais, com seus saberes, e estudantes, pesquisadores e técnicos das mais diversas áreas.
Além do processo contínuo de troca de experiências, no Encontro serão construídas propostas de ações para o manejo de fauna silvestre, debates sobre legislação e, principalmente formulação de propostas para alteração da Instrução Normativa nº 169 que institui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro.
O evento contará com representantes de comunidades indígenas que apresentarão suas experiências no manejo de fauna silvestre como a experiência com manejo de quelônios nas Terras indígenas Alto Rio Purus, Santa Rosa-AC, que será apresentado por Jorge Domingos Kaxinawá, Praia do Carapanã, Tarauacá, cuja apresentação será feita por Amiraldo Sereno Kaxinawá e Mamoadate, Assis Brasil, que será exposto por Zezinho Manchineri.
Na programação também serão apresentadas experiência com o manejo de caça como a experiência no município de Jordão, trazida pelo manejador Josimar Pinheiro Sales, a experieriências com manejo do jacaré, Santa Rosa do Purus que será apresentada pelo manejador, Raimundo Paulo Kaxinawá e na Terra Indígena Praia do Carapanã, Tarauacá.
Faz parte também da programação a apresentação de experiências com criação comercial de animais silvestres, de criação de abelhas do tipo apis e exposição de produtos.